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Política O senador pelo RS e ex-vice-presidente Hamilton Mourão defendeu Bolsonaro em suas redes sociais

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Hamilton Mourão se manifestou após a retirada do sigilo do relatório final da Polícia Federal que indicia o ex-presidente. (Foto: Divulgação)

O senador pelo Rio Grande do Sul e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fez uma publicação em suas redes sociais, nessa quarta-feira (27), em que defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro das acusações de planejamento e participação de tentativa de golpe de Estado no âmbito das eleições de 2022. Segundo o general, Bolsonaro está sendo vítima de uma “destruição de reputação”. A declaração surge no contexto de retirada do sigilo, pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), do relatório final da Polícia Federal (PF) que indicia 37 pessoas, além do ex-presidente.

“O presidente Bolsonaro não atuou fora dos preceitos constitucionais e
sempre defendeu a liberdade. Seguem as narrativas e a destruição de
reputações”, declarou.

Mourão também saiu em defesa do general da reserva Estevam Theóphilo. No
relatório final da PF, o militar é apontado como alguém que lideraria tropas
terrestres do Exército caso Bolsonaro assinasse o decreto presidencial que
“autorizava” o golpe.

“Ao ver também o general Estevam Teóphilo indiciado porque foi a uma
reunião com o presidente da República no dia 9 de dezembro… É desconhecer
que o general Estevam Theóphilo é comandante de operações terrestres que
não tem comando de tropa. Ele não comanda tropa nenhuma. Ele planeja as
operações que são executadas pelos comandos militares de área”, disse.

Mourão também afirmou não ter lido ainda o relatório em relação ao inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no final da gestão passada.

“Não li, não li. Quando eu tiver lido, aí você pode me perguntar, tá bom?”, declarou.

O relatório de 884 páginas da PF foi enviado pelo Supremo à Procuradoria-Geral da República (PGR). A conclusão é de que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” dos atos realizados por uma organização criminosa que buscou dar um golpe de Estado no Brasil. A corporação indiciou no caso o ex-presidente e outras 36 pessoas. Mourão não está entre os indiciados.

Na terça-feira (26), senadores da oposição fizeram uma coletiva à imprensa junto a um emissário de Corina Maria Machado, opositora a Nicolás Maduro na Venezuela. Indagados sobre o inquérito da PF e as conclusões da investigação, ninguém respondeu sobre o assunto.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, por sua vez, disse que a defesa do pai se pronunciaria.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), quando questionado sobre a quebra do sigilo e o inquérito fora da coletiva, fez críticas ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte.

“Defendemos a transparência desde o início, mas nós não acreditamos na imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes. O ministro Alexandre de Moraes deveria ser afastado desse inquérito. Há uma suspeição objetiva. Não é possível que as coisas continuem dessa forma. Esperamos que, de fato, haja transparência, celeridade, que as coisas se esclareçam, mas com um juiz imparcial”, afirmou.

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