Segunda-feira, 02 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2024
O papa também rezou pelas vítimas na Síria, Gaza e na Ucrânia durante a oração do Angelus.
Foto: Divulgação/VaticanoO Papa Francisco elogiou neste domingo (1º) o cessar-fogo alcançado no Líbano entre Israel e o grupo armado Hezbollah. Diante de milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano, o pontífice rezou para que o acordo seja respeitado pelos dois lados e permita que os moradores voltem para casa.
O líder da Igreja Católica ainda apelou para que os políticos libaneses elejam um novo presidente. O Parlamento libanês é quem elege o presidente, mas isso não acontece desde 2022, quando o expirou o mandato do ex-presidente Michel Aoun. Desde então, o país vive mergulhado em uma grave crise política e econômica, e agora, em meio à uma guerra entre o Hezbollah e Israel.
”Saudo o cessar-fogo alcançado nos últimos dias no Líbano, e espero que ele possa ser respeitado por todas as partes, permitindo assim que a população da região envolvida no conflito, tanto libanesa quanto israelense, retorne para casa em breve e em segurança com a preciosa ajuda do exército libanês e das forças de paz das Nações Unidas. Diante disso, apelo a todos os políticos libaneses, para que o Presidente da República seja eleito imediatamente, e as instituições encontrem seu funcionamento normal para prosseguir com as reformas necessárias e garantir o país no caminho do exemplo de coexistência pacífica entre as diferentes religiões”, afirmou Francisco.
O papa também rezou pelas vítimas na Síria, Gaza e na Ucrânia durante a oração do Angelus. Em relação à situação em Gaza, Francisco se mostrou esperançoso de que o vislumbre de paz no Líbano possa influenciar positivamente o cessar-fogo em outras regiões em conflito.
“Tenho muito presente no coração a libertação dos israelenses que ainda estão sendo mantidos como reféns e o acesso de ajuda humanitária à exausta população palestina”, afirmou, destacando a importância de garantir a segurança e dignidade para todos os afetados.
O Papa também manifestou sua proximidade com a Igreja na Síria, onde a guerra reacendeu recentemente, causando muitas vítimas: “Estou muito próximo à Igreja na Síria. Rezemos!”
Francisco se mostrou profundamente preocupado com a Ucrânia, que há quase três anos enfrenta as consequências de um conflito armado.
“A guerra é um horror, a guerra ofende Deus e a humanidade, a guerra não poupa ninguém, a guerra é sempre uma derrota, uma derrota para toda a humanidade”, afirmou, ressaltando a situação dramática das crianças, mulheres, idosos e pessoas frágeis que são as primeiras vítimas.
O Papa também alertou para a chegada do inverno europeu, que pode piorar ainda mais a situação dos ucranianos:
“O inverno está às portas e pode agravar as condições de milhões de deslocados. Serão meses dificílimos para eles. A concomitância de guerra e frio é trágica.”