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Luiz Carlos Sanfelice Safety in the work (12): PPR – controle dos riscos

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Capítulo XI – Providências Pré e Pós Instalação Fabril

Em verdade a preocupação com a preservação e proteção da vida humana assim como do meio ambiente do entorno e mesmo da região, dependendo do tamanho das instalações de operação – uma oficina, um engarrafamento de gás ou de bebidas, uma petroquímica, uma refinaria de petróleo ou uma usina nuclear – deve começar com a planta civil dos prédios, com o layout da plotagem das máquinas e equipamentos, da ventilação pela predominância dos ventos e da forma mais eficiente de evacuação dos diversos locais. Para a definição do local que deve ser fixado cada máquina ou equipamento deve-se, necessariamente, conhecer todo processo, a sequência do andamento de produção de partes e peças, o momento em que ingressam produtos químicos e definir os diferentes níveis de desenho da planta onde os contaminantes possam ser controlados e qual sua ação sobre o ser humano ou onde são geradas poeiras e partículas. Tudo, então, ser planejado e dimensionado para o ritmo mais eficiente de produção, pelo menor custo operacional, com o menor risco de gerar acidentes pessoais ou coletivos. Certo que um planejamento dessa envergadura, requer o trabalho conjunto de engenheiros civis, mecânicos, elétricos e de segurança, arquitetos, higienistas industriais, médicos do trabalho e, muitas vezes, materiais de construção muito específicos. Tudo deve feito, projetado, construído e montado tendo em vista sempre a integridade da pessoa e lembrando que nossa formação e constituição orgânica é dimensionada para termos livre contato com o ar ambiente. Nossa pele deve estar sempre ventilada, vestida com tecidos que permitam seu contato com o ar, nossos olhos e ouvidos fazendo e sendo parte do ambiente e, muito especialmente, nosso sistema respiratório “estar aberto e livre” com um ar respirável que contenha sempre os 20,9% de Oxigênio, tudo, absolutamente, fundamental para manter a vida.

Entretanto, muitas vezes – mais do que desejamos – isso não é possível, pois que por uma enorme quantidade de razões – econômicas, sociais, estratégicas, mobilidade, localização, distâncias, preservação natural, estradas, portos ou aeroportos, etc. – a alternativa é adquirir instalações que já existam e sejam, razoavelmente, apropriadas para nossa atividade. Quando isso acontece, geralmente, ocorre que os problemas de segurança se tornam mais difíceis e os procedimentos de operação devem ser redimensionados e ter que criar sistemas de aspiração ou ventilação, ou encapsulamento de máquinas, examinar a possibilidade de utilizar produtos menos tóxicos, ou uso de filtros ou depuradores dos gases e vapores expelidos, ou mesmo sua queima aérea por meio de “flare” (flaring) jogados na atmosfera. Contudo, embora, talvez algumas dessas ações sejam viáveis sem que seu custo seja alto, de um modo geral esses “procedimentos de engenharia” para adequar como idealmente fosse o melhor, é ou torna-se tão caro e implica em tamanho investimento de recursos e de tempo, que acaba por inviabilizar o projeto.

Todavia quando não é possível ou prático aplicar procedimentos de engenharia ou alterar processos de produção, o uso de EPIs adequados e apropriados para o tipo de risco presente, deverá definido e serem selecionados e disponibilizados para uso obrigatório, permanente ou eventual, quando necessário.

Como existem tantos tipos de riscos e tantos tipos e classes de protetores, é de suma importância que sejam escolhidos com o maior cuidado e selecionado com severo critério, o modelo mais eficiente, independente de serem todos possuidores de Certificado de Aprovação – C.A.

Feitos os testes e aprovado o uso do equipamento de nome e marca específico, há que se dar , conscienciosamente, uma consistente explicação ao usuário e conduzir nele um treinamento humano, calmo mas disciplinado, para assegurar sua proteção, sua saúde, seu ritmo de produção e seu conforto, ao ponto dele sentir o EPI como parte integrante de seu corpo. E isso é perfeitamente possível se nós, os profissionais de segurança, não nos atabalhoarmos em pressa, falta de paciência, ou desconsideração ao nosso semelhante. Programar treinamento lembrando sempre que o tempo gasto em treinamento não é desperdício de produção. Um homem bem treinado tem ritmo de produtividade e certamente pode ser a salvação de uma perda total ou de um prejuízo grande se ele sabe como agir numa emergência.

Na próxima edição nº 13, na sexta-feira que vem, 13/12, no Capítulo XII, vamos falar sobre “Seleção” e iniciar o longo Capítulo XIII sobre a “Classificação, Tipos e Nomes” dos EPR.

(Luiz Carlos Sanfelice – lcsanfelice@gmail.com)

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