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Ciência Asteroide chega à atmosfera e se desintegra: Nasa indica consequências e o que aconteceu com objeto celeste

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COWECP5 entrou na atmosfera terrestre na última terça-feira (3), e se desintegrou na Sibéria. (Foto: arifusan19)

O sistema de defesa global da Nasa, projetado para identificar objetos celestes que representem possíveis riscos para a Terra, detectou um asteroide chamado COWECP5 que se dirigia em direção ao nosso planeta. O evento, registado na última terça-feira (3), gerou preocupação inicial devido ao seu potencial impacto.

O COWECP5, um fragmento de 68 centímetros de largura, foi monitorado por especialistas desde a sua detecção. Segundo os dados fornecidos pelos sistemas de monitorização, a sua entrada na atmosfera terrestre ocorreu sem grandes implicações. Rapidamente, foi confirmado que o asteroide não representava um risco significativo devido às suas características.

Baixo risco

Apesar de seu tamanho minúsculo, o asteroide deixou uma marca ao iluminar o céu durante sua desintegração na atmosfera. Este fenômeno, embora impressionante, foi visível apenas numa região limitada, já que, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o objeto desintegrou-se sobre a Sibéria, no norte da Rússia.

O impacto ocorreu especificamente em Yakutia, no leste da Sibéria, às 16h15 do horário local. Aquelas centenas de quilômetros do ponto de entrada relataram a observação de uma “bola de fogo muito brilhante” cruzando o céu, um espetáculo visual que, embora breve, foi memorável.

Detecção

O Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (Atlas) desempenhou um papel crucial na detecção deste evento. Este sistema, projetado para identificar asteroides com dias de antecedência, detectou o COWECP5 apenas sete horas antes de entrar na atmosfera. Este curto espaço de tempo destaca a velocidade e a eficácia do sistema, permitindo aos cientistas reagir com informações precisas.

Além disso, o Observatório Nacional Kitt Peak, financiado pela Nasa, rastreou o asteroide horas antes de sua entrada.

Segundo Richard Moissl, chefe do gabinete de defesa planetária da ESA, este sistema foi capaz de calcular o “corredor de impacto” do asteroide, fornecendo dados exatos sobre a sua trajetória e ponto de entrada.

Defesa planetária

O professor Alan Fitzsimmons, da Queen’s University Belfast, destacou a relevância deste caso para o progresso na proteção contra ameaças espaciais.

“Será pequeno, mas ainda assim bastante espetacular”, comentou Fitzsimmons, que sublinhou que a bola de fogo observada a várias centenas de quilômetros de distância demonstra a importância destas detecções.

O impacto marcou a décima segunda vez que os cientistas foram capazes de prever com precisão tal evento. Desde o primeiro caso registado em 2008, onde fragmentos do asteroide foram recuperados para estudos mais aprofundados, sistemas como o Atlas têm melhorado continuamente, utilizando os seus quatro telescópios globais para expandir as capacidades de monitorização e análise.

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