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Brasil “Anvisa precisa de gente para trabalhar ou o colapso vai ocorrer”, diz diretor-presidente da agência

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Além das discordâncias com Bolsonaro, houve também um episódio de confronto com o presidente Lula.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Além das discordâncias com Bolsonaro, houve também um episódio de confronto com o presidente Lula. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Às vésperas de deixar a principal cadeira da Anvisa, Antônio Barra Torres, o diretor-presidente indicado por Jair Bolsonaro, mas que peitou o padrinho ao avançar com a vacinação de covid, teme um colapso no funcionamento da pasta reguladora responsável por liberar cerca de 30% de tudo o que o PIB brasileiro produz atualmente.

A postura do diretor-presidente da Anvisa sempre foi pautada pela ciência, mesmo diante de divergências com o governo Bolsonaro, que em determinado momento passou a se afastar dos parâmetros científicos. A agência manteve seu alinhamento com as evidências técnicas, o que resultou em posicionamentos públicos distintos. Um exemplo marcante foi o episódio em que o presidente questionou a vacina para crianças, e a resposta direta enfatizou a necessidade de basear decisões em dados concretos, sem levantar hipóteses infundadas.

Além das discordâncias com Bolsonaro, houve também um episódio de confronto com o presidente Lula. Em uma fala criticando as filas para a liberação de medicamentos, Lula sugeriu que seria preciso haver mortes para acelerar os processos.

A crítica foi rebatida com uma explicação técnica: os prazos dependem diretamente da disponibilidade de pessoal capacitado para analisar dossiês robustos, que podem ter até 15 mil páginas. A Anvisa, com seus 1.409 servidores, enfrenta uma defasagem grave de recursos humanos, com mais de 400 deles aptos à aposentadoria. Desde o início do atual governo, a agência enviou 27 ofícios e realizou diversas reuniões para solicitar reforço no quadro de pessoal, mas ainda não houve solução.

A situação das filas mencionadas pelo presidente Lula reflete a amplitude da atuação da Anvisa, que regula medicamentos, alimentos, produtos médicos, cosméticos, saneantes, imunobiológicos, agrotóxicos e diversos outros setores.

Segundo uma análise realizada há 10 anos, a agência regulava cerca de 22,8% da economia brasileira, percentual que atualmente pode estar próximo de 30%. Essa carga imensa é gerida por um número insuficiente de servidores, gerando atrasos consideráveis. Recentemente, uma associação apontou que há US$ 17 bilhões em medicamentos aguardando análise na fila, destacando a gravidade da situação. (As informações são do jornal O Globo)

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