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Política Presidente do Supremo diz que o Judiciário não tem participação na crise fiscal do País

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Barroso disse que a Justiça brasileira cumpre o teto de gastos instituído em 2017

Foto: Antônio Augusto/STF
Barroso destacou que as hipóteses de impedimento no Código de Processo Penal são taxativas e não podem ser ampliadas ou reinterpretadas para abranger situações que não estejam previstas na lei​.  (Foto: Antônio Augusto/STF)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Judiciário não tem participação na crise fiscal do País. A declaração foi dada durante entrevista para divulgação do balanço sobre as atividades da Corte em 2024.

Perguntado sobre a possibilidade de o Judiciário contribuir com o ajuste fiscal promovido pelo governo federal, Barroso disse que a Justiça brasileira cumpre o teto de gastos instituído em 2017.

“Nos últimos sete anos, o Judiciário não gastou nenhum vintém a mais do que o orçamento que tinha em 2017, corrigido [pela inflação]. De modo que o Judiciário não tem participação nem responsabilidade sobre a crise fiscal brasileira”, afirmou o ministro na segunda-feira (9).

Sobre o pagamento dos chamados supersalários a alguns magistrados, o presidente disse que é contra qualquer pagamento ilegal, mas ressaltou que alguns “penduricalhos” noticiados pela imprensa são indenizações às quais juízes têm direito, como acúmulo de função e de acervo de processos.

“Qualquer tipo de indenização que seja ilegal, que não seja autorizada por lei, é ilegítima e sou contra”, completou.

Aborto 

O presidente do STF disse ainda que o julgamento sobre a descriminalização do aborto não deve ser pautado em 2025.

Segundo o ministro, o debate sobre o tema ainda não está maduro. Em setembro do ano passado, o julgamento foi suspenso após a então ministra Rosa Weber, que se aposentou, votar a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

“O debate ainda não está maduro para que o Supremo decida sobre essa matéria. O aborto é uma coisa ruim. Ninguém considera que seja uma coisa boa, ninguém defende o aborto como política pública. A sociedade brasileira ainda não faz com clareza uma distinção. Ser contra é diferente de achar que quem precisou fazer por alguma circunstância deve ser preso”, afirmou Barroso.

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