Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve receber alta hospitalar só na semana que vem, de acordo com previsão do médico Roberto Kalil Filho. Lula, que está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, será submetido nesta quinta-feira (12) a um novo procedimento (embolização da artéria meníngea média) para complementar a cirurgia na cabeça realizada na madrugada última terça (10).
Na segunda (9), o presidente foi internado para tirar um coágulo na cabeça, que se formou após ele ter caído em um acidente doméstico em outubro. Essa retirada já foi feita com sucesso. Agora, o novo procedimento visa evitar novos sangramentos.
Nessa quarta, Kalil Filho, que acompanha Lula, conversou com os jornalistas no fim da tarde e deu maiores detalhes sobre o novo procedimento.
O presidente da República será submetido a uma embolização das artérias meníngeas – que irrigam as meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central. A técnica interrompe o fluxo de sangue no local desejado por meio de um cateter, obstruindo a artéria e bloqueando o fluxo sanguíneo.
Com isso, segundo a equipe médica que atende o presidente, a expectativa é a de que não ocorram novos sangramentos, o que diminui o risco para Lula.
Segundo Kalil, a ideia da equipe médica era só comunicar a imprensa sobre o novo procedimento após ele ser realizado, na manhã desta quinta (uma entrevista coletiva dos médicos está marcada para as 10h).
No entanto, com o vazamento da informação durante a tarde dessa quarta, o próprio Lula e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, pediram ao médico para anunciar os próximos passos.
“Não aconteceu nada, não teve nenhuma intercorrência. Faríamos o procedimento e depois, na coletiva, nós daríamos toda a satisfação, como a imprensa merece, como o povo brasileiro merece e como o presidente Lula e a Janja querem. Mas, como nós divulgamos o boletim de manhã e não estava decidido, o próprio presidente pediu: ‘informem a imprensa, por favor’”, explicou Kalil.
“E foi por isso que nós lançamos esse boletim dizendo do procedimento que acontecerá amanhã, a pedido do presidente”, completou o médico de Lula.
“Por que não se falou antes? Porque, evidentemente, se esperou uma evolução extremamente boa do presidente para ir adiante com esse procedimento”, prosseguiu Kalil. “É um procedimento relativamente simples e de baixo risco.”
“Em uma cirurgia, que não deixou de ser uma cirurgia delicada, é claro que se esperava uma evolução como está tendo. A evolução foi muito boa. O presidente está, em estado geral, ótimo. Então, isso foi decidido simplesmente como protocolo, como complemento da cirurgia”, concluiu Kalil.