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Política Governador de Goiás, Ronaldo Caiado reafirma sua candidatura à Presidência da República, mesmo sob risco de ficar inelegível

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"Em março eu lançarei minha candidatura à Presidência da República e depois do carnaval estarei me colocando pelo União Brasil", declarou Caiado. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Condenado em primeira instância pela Justiça Eleitoral, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou a coletiva de imprensa sobre o caso para reiterar seu plano de concorrer à Presidência da República em 2026.

A declaração ocorre após a 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) ter decidido, em primeiro grau, que houve abuso de poder econômico nas eleições municipais. Ele reiterou ter respeito pela sentença da juíza Maria Umbelina e disse que recorrerá nas instâncias superiores.

“Em março eu lançarei minha candidatura à Presidência da República e depois do carnaval estarei me colocando pelo União Brasil. Tenho viajado o Brasil debatendo vários temas.”

Segundo a decisão de primeiro grau proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, Caiado usou a sede de seu governo, o Palácio das Esmeraldas, para realizar jantares de campanha para o seu candidato em Goiânia, o prefeito eleito, Sandro Mabel (União Brasil), que foi cassado por ter se beneficiado dos eventos que se sucederam ao primeiro turno do pleito.

Caiado e Mabel ainda podem recorrer no próprio TRE por uma decisão colegiada e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por esse motivo, o prefeito eleito poderá tomar posse normalmente, uma vez que a perda do mandato só ocorre após o trânsito em julgado do processo.

Imagens foram divulgadas por aliados e, segundo os autos do processo, os jantares tiveram cunho eleitoral, favorecendo o postulante. A sentença do TRE cita falas atribuídas ao governador.

Para sustentar o abuso de poder político, a decisão afirma que Caiado usou materiais do governo, alimentos e bebidas, e serviços de funcionários públicos para receber o candidato. O documento também argumenta que os jantares foram divulgados na imprensa e nas redes sociais, o que teria comprometido a normalidade do pleito. As defesas de Caiado e Mabel negam irregularidades.

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