Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2024
Situada a cerca de 40 km da costa norte da Islândia, esta ilha abriga uma das vilas mais remotas da Europa, além de uma vasta população de aves marinhas. Com 6,5 km², Grímsey é o ponto habitado mais ao norte do país e também o único pedaço localizado dentro do Círculo Polar Ártico.
Até 1931, a única maneira de chegar ao local era por meio de um pequeno barco que entregava cartas duas vezes por ano na ilha. Atualmente, voos de 20 minutos da cidade de Akureyri e balsas de três horas da vila de Dalvík levam aventureiros para esta ilha rochosa.
Turistas viajam para lá atraídos pelo vilarejo isolado, onde vivem apenas 20 pessoas, e sua incrível vida selvagem. Estima-se que as aves marinhas ali superem os moradores em cerca de 50 mil para um.
Enquanto a Islândia continental depende fortemente de energia geotérmica e renovável, Grímsey é tão remota que não está ligada à rede elétrica nacional. Em vez disso, a ilha inteira funciona com um único gerador movido a diesel.
Não há hospital ou delegacia de polícia no local, mas um médico visita os habitantes a cada três semanas. Em caso de emergência, a Guarda Costeira e os serviços de emergência treinaram os moradores para atuar.
Algumas casas, muitas das quais funcionam como pousadas para turistas, estão localizadas no lado sudoeste da ilha. O vilarejo, conhecido como Sandvík, também inclui uma escola, que agora funciona como um centro comunitário, uma galeria de artesanato e um café que vende produtos islandeses caseiros, malhas e outras lembranças.
Há também uma pequena mercearia que fica aberta por cerca de 1 hora por dia, um restaurante com bar, uma piscina, uma biblioteca, uma igreja e uma pista de pouso.
O nome da ilha está ligado a um colono nórdico chamado Grimur, que se acredita ter navegado para o local do distrito de Sogn, no oeste da Noruega. A referência mais antiga conhecida a Grímsey data de 1024.
No final do século 18, a população de Grímsey quase entrou em colapso devido à pneumonia e acidentes relacionados à pesca. Ainda assim, a comunidade resistiu e, desde 2009, a ilha faz parte do município de Akureyri.
Além das aves, o outro principal atrativo turístico da ilha é sua localização geográfica. Por sua posição tão ao Norte (66ºN), os moradores vivenciam ali noites polares – quando a ilha é lançada em um período de meses de escuridão total do início de dezembro até meados de fevereiro.