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Brasil Acidente entre três veículos deixa 38 mortos na BR-116 em Minas Gerais

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Acidente ocorreu depois que um pneu do ônibus estourou

Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Acidente envolveu um ônibus, uma carreta e um veículo de passeio. (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Um acidente envolvendo três veículos deixou 38 mortos e 11 feridos na madrugada desse sábado (21), na altura do quilômetro 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Conforme a corporação, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu um ônibus, um carro e uma carreta que transportava uma pedra de granito. Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia momentos após o acidente mostram que os veículos ficaram em chamas.

De acordo com os bombeiros, 11 feridos estão hospitalizados.

No início da noite, a empresa Emtram, responsável pelo ônibus, chegou a informar que 39 pessoas teriam morrido no acidente, mas o número não foi confirmado pelas autoridades estaduais.

A Polícia Civil de MG informou durante a tarde que todos os corpos de vítimas serão identificados no Instituto Médico Legal (IML) na capital Belo Horizonte e que o total de mortos só será confirmado após a identificação de todas as vítimas.

Por volta das 19h, o Corpo de Bombeiros também comunicou ter encerrado os trabalhos no local do acidente. Conforme a corporação, ao todo, 45 pessoas, incluindo o motorista, estavam no ônibus. Já no carro de passeio, estavam três pessoas. Um homem dirigia a carreta, mas não foi localizado.

O ônibus da empresa EMTRAM saiu de São Paulo na sexta-feira (20), por volta das 7h, do terminal rodoviário do Tietê, e tinha como destino a Bahia.

Inicialmente, segundo informações repassadas ao Corpo de Bombeiros, o acidente teria ocorrido após um pneu do ônibus estourar e o motorista perdeu o controle da direção, batendo contra uma carreta. Um carro que vinha atrás também colidiu com o ônibus. Com a colisão, o ônibus pegou fogo.

Já de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito de soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário. Logo após o impacto da pedra com o ônibus ocorreu um grande incêndio. A polícia ainda investiga as circunstâncias do acidente.

Em nota enviada à imprensa, a empresa lamentou o acidente, disse que colaborando na investigação da causa do acidente e que “está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”.

O agente da Polícia Rodoviária Federal, Fabiano Santana classificou o acidente como “uma tragédia sem precedentes para a região” e informou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio do ônibus.

“Foram vítimas resgatas para o hospital, pessoas que se queimaram tentando resgatar vítimas, crianças pedindo para resgatar os pais”, relatou Santana.

Ainda segundo a PRF, a pista ficou totalmente interditada por aproximadamente 6 horas. O trânsito foi liberado no fim da manhã.

Nas redes sociais, o governador Romeu Zema lamentou o acidente. “Toda minha solidariedade aos familiares e amigos. Estamos trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão significativa para todos”, disse.

O governo de São Paulo ofereceu agentes da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) para ajudar na identificação dos mortos.

Radares removidos

De acordo com apuração do repórter Jerry Santos, da Inter TV, exatamente no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. Este e outros radares foram removidos recentemente desta parte da BR-116 por estarem com a documentação vencida.

Nos últimos dias, ao menos três acidentes com vítimas fatais aconteceram em frente a locais onde os radares existiam, mas foram retirados. De acordo com o DNIT, novos radares serão colocados nos mesmos locais em 2025, com uma nova empresa responsável pela instalação.

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