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Economia Lula, que atacou a independência do Banco Central por dois anos, agora diz que Gabriel Galípolo terá a maior autonomia da História

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O mercado financeiro tem demonstrado desconfiança com a capacidade do governo de cortar despesas. (Foto: Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo ao lado do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e disse que ele será o chefe da autarquia com “mais autonomia” que a instituição já teve. O futuro presidente do BC assumirá o cargo por uma “relação de confiança minha e de toda a equipe do governo”, diz Lula, depois de ter passado seus primeiros dois anos do atual mandato questionando a autonomia do BC e o comando de Roberto Campos Neto, indicado pelo antecessor no Planalto, Jair Bolsonaro.

“Eu quero te dizer que você será, certamente, o mais importante presidente do Banco Central que esse País já teve, porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve”, comentou Lula em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira, 20. “Quero que você saiba que jamais, jamais, haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central”, complementou no vídeo.

A autonomia do Banco Central foi uma questão-chave na relação entre o presidente da República e o atual chefe do BC, Campos Neto, alvo de críticas frequentes de Lula.

Há uma semana, os ataques miraram a instituição, quando o presidente da República, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, afirmou que “a única coisa errada nesse País é a taxa de juros, que está acima de 12%”, e que “a irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros todo dia; não é do governo federal”. Em seguida, acrescentou: “Mas nós vamos cuidar disso também”.

A autonomia também pautou uma live de despedida de Campos Neto no canal da autarquia, na sexta-feira (20). Nela, o atual presidente do BC citou a conquista da autonomia institucional como uma das principais mudanças na instituição durante a sua gestão, iniciada em 2019, mas ponderou que esse processo que representou um ganho institucional ainda não está terminado.

Pacificação

Em almoço com ministros nessa sexta, Lula indicou que quer uma espécie de pacificação entre seu governo e o mercado financeiro. Em uma inflexão de discurso, ele disse entender o motivo de as taxas de juros estarem altas — apesar de se incomodar com elas. Também mencionou que o governo não pode gastar mais do que arrecada.

Lula deu as indicações em pronunciamento que fez no evento, fechado à imprensa, no Palácio da Alvorada. As informações apuradas pelo Estadão/Broadcast Político contemplam o sentido das declarações, não as palavras exatas usadas pelo presidente.

O mercado financeiro tem demonstrado desconfiança com a capacidade do governo de cortar despesas. Nas últimas semanas houve uma escalada do dólar em relação ao real, e esse receio da Faria Lima foi um dos motivos.

O presidente da República promoveu um almoço de final de ano com seus ministros e líderes do governo. Galípolo também participou do encontro. Nas redes sociais, Lula publicou um vídeo ao lado de Galípolo e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e da Casa Civil, Rui Costa.

“Eu tenho certeza que, pela sua qualidade profissional, por sua experiência de vida, e pelo seu compromisso com o povo brasileiro, certamente você vai dar uma lição de como é que se governa o Banco Central com a verdadeira autonomia”, disse. O petista, então, desejou sorte na gestão de Galípolo à frente do órgão.

Na declaração, Lula diz que está “oferecendo um presente, uma novidade” ao País com a indicação do “jovem” Galípolo. Ele, então, se referiu a Galípolo e deu um discurso de defesa da estabilidade econômica e combate à inflação.

“Eu queria dizer ao Galípolo que seguimos mais convictos que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras”, afirmou.

O chefe do Executivo disse que o governo tomou “medidas necessárias” para “proteger a regra fiscal” e que a gestão seguirá atenta às necessidade de novas medidas. “O Brasil é guiado por instituições fortes e independentes que trabalham em harmonia para avançar com responsabilidade”, complementou. (Estadão Conteúdo)

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https://www.osul.com.br/lula-que-atacou-a-independencia-do-banco-central-por-dois-anos-agora-diz-que-galipolo-tera-a-maior-autonomia-da-historia/ Lula, que atacou a independência do Banco Central por dois anos, agora diz que Gabriel Galípolo terá a maior autonomia da História 2024-12-21
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