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Colunistas Supliquemos ao menino-Deus: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz!”

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Chegou o tempo do Natal, tempo de festas, confraternizações, troca de presentes. (Reprodução/Twitter)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Chegou o tempo do Natal, tempo de festas, confraternizações, troca de presentes. A partir dos nossos lares e praças, as cidades estão enfeitadas com luzes, árvores de Natal, Papai Noel. Também em muitos lugares, nota-se o símbolo cristão do Natal: o presépio, com todas as figuras que, segundo o Evangelho, estiveram envolvidas no acontecimento original da festividade do Natal: o nascimento de Jesus, o Salvador da humanidade.

São Francisco de Assis encenou pela primeira vez na história a cena do presépio na cidade italiano de Greccio, em 1223. Ele queria que o povo compreendesse melhor o mistério da encarnação do Filho de Deus, para poder celebrar bem a festa do Natal de Jesus, e assim aderir com fé, esperança e amor ao Reino do Salvador. A partir de então, os cristãos procuraram, anualmente, professar a sua fé em Jesus, o Filho de Deus encarnado, por meio da representação do presépio, cujo centro é o menino-Deus, humildemente deitado na manjedoura, na gruta de Belém.

Em um dos textos bíblicos presentes na liturgia da Santa Missa do tempo do Natal, destaca-se o título messiânico “Príncipe da Paz” (cf. Isaías 9,5). Na fé, os cristãos aplicaram tal título a Jesus, tendo em vista que ele, desde o mistério de sua encarnação no ventre da Virgem Maria, passando pelo ministério de sua vida pública até a Páscoa de morte de Cruz e gloriosa ressurreição, estabeleceu uma Nova e eterna Aliança entre Deus e a humanidade. Consequência do dom da Aliança é a paz, o shalom de Deus a todos os que creem em Jesus, como Senhor e Messias Salvador.

Meu sincero desejo é que a festa do Natal seja uma ocasião de aderir ao dom da paz de Cristo Jesus. E que esta paz seja vivenciada em nossos relacionamentos familiares, comunitários, sociais e planetários. Que possamos diante do presépio suplicar ao menino-Deus, o Príncipe da Paz, aquilo que pedia o Santo de Assis: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união”.

Na noite de Natal, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, iniciará o Ano Jubilar da Esperança. O Papa Francisco afirma no número 4 da bula Spes non confundit (A Esperança não engana) que a humanidade está precisando de uma virtude parente próxima da esperança: a paciência. Continua o Santo Padre: “Habituamo-nos a querer tudo e agora, num mundo onde a pressa se tornou uma constante. Já não há tempo para nos encontrarmos e, com frequência, as próprias famílias sentem dificuldade para se reunir e falar calmamente. A paciência foi posta em fuga pela pressa, causando grave dano às pessoas; com efeito sobrevêm a intolerância, o nervosismo e, por vezes, a violência gratuita, gerando insatisfação e isolamento.” Para o Papa Francisco, “a paciência – fruto também ela do Espírito Santo – mantém viva a esperança e consolida-a como virtude e estilo de vida. Por isso, aprendamos a pedir muitas vezes a graça da paciência, que é filha da esperança e, ao mesmo tempo, seu suporte”.
Feliz Natal!

* Padre Wagner Ferreira da Silva é presidente da Comunidade Canção Nova e da Fundação João Paulo II

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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