Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de dezembro de 2024
Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico durante o acidente.
Foto: ReproduçãoTrês caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins devido à queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os Estados do Maranhão e Tocantins, no domingo (22), e que até o momento deixou quatro pessoas mortas e 13 desaparecidas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) monitora a qualidade da água do rio Tocantins após a queda.
Durante o desabamento, vários veículos que transitavam caíram, incluindo duas carretas que transportavam substâncias químicas. Pelo menos oito veículos passavam pela ponte no momento do desastre. Como medida preventiva, foi recomendada a suspensão da captação de água para abastecimento público nas cidades localizadas a jusante do local do acidente, incluindo municípios do Maranhão e do Tocantins.
Os municípios do Tocantins e Maranhão em alerta são:
Tocantins
– Aguiarnópolis
– Maurilândia do Tocantins
– Tocantinópolis
– São Miguel do Tocantins
– Praia Norte
– Carrasco Bonito
– Sampaio
– Itaguatins
– São Sebastião do Tocantins
– Esperantina
Maranhão
– Porto Franco
– Estreito
– Campestre
– Ribamar Fiquene
– Governador Edson Lobão
– Imperatriz
– Cidelândia
– Vila Nova dos Martírios
– São Pedro da Água Branca
A ANA, em parceira com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), realizou coletas de amostras nessa segunda-feira (23). As amostras foram coletadas em cinco pontos do rio, desde a barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz, o qual fica a jusante (rio baixo) do ponto do desabamento.
A análise abrange parâmetros básicos e de maior complexidade da qualidade da água, com apoio técnico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb-SP), referência em análise de água no País. A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que o abastecimento em Imperatriz está parcialmente interrompido devido à paralisação da captação de água do Rio Tocantins. No entanto, a cidade conta com 49 poços ativos, que seguem funcionando normalmente.
Já os municípios vizinhos, abastecidos exclusivamente por poços, não foram afetados e mantêm o fornecimento de água sem riscos à população. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado Do Tocantins (Semarh) alertou sobre as contaminações da água para outros dez municípios do estado e oito do Maranhão, que estão nas áreas margeadas pelo Rio Tocantins.
Segundo o Ibama, além do Maranhão e Tocantins, a água contaminada também pode chegar ao Pará. De acordo com as notas fiscais dos veículos que caíram no rio, as cargas de transporte eram de ácido sulfúrico e pesticidas. Entre os pesticidas estavam o Carnadine, nocivo se ingerido, tóxico se inalado e capaz de causar irritação na pele e nos olhos; o Pique 240SL, também nocivo se ingerido, causador de irritação na pele e irritação grave nos olhos, além de perigoso para organismos aquáticos; e o Tactor, que, embora não seja classificado como produto perigoso, pode provocar a morte de organismos aquáticos. As informações são do portal de notícias G1.