Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 27 de dezembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Mais uma vez, governadores se insurgem contra iniciativa do governo Lula (PT) de se apropriar de prerrogativas dos Estados, como no recente decreto que fixa regras sobre o “uso da força” e enfraquece as polícias no combate ao crime. Governadores como Ibaneis Rocha (DF), Cláudio Castro (RJ) e Ronaldo Caiado (GO) estão indignados com o desrespeito à Constituição, que dá aos Estados o comando da segurança pública. A expectativa é que o Congresso anule o decreto como na tentativa de Lula de ressuscitar o DPVAT, extinto pelo Congresso na semana passada.
Texto malandro
Os governadores recusaram a regra malandra de cobrar o “novo DPVAT” em troca de pequena “comissão”. Os Estados recusaram esse papel.
Texto maroto
O decreto maroto dá plenos poderes ao seu autor, Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, de baixar normas à revelia do Poder Legislativo.
Só um resumão
O texto de Lewandowski bancado por Lula é só um compilado de leis e protocolos e até de decreto bem parecido, assinado por Lula em 2010.
…não faça o que faço
Logo após o decreto, policiais rodoviários federais subordinados a Lewandowski metralharam uma família a caminho da ceia de Natal.
BNDES faz política e torra fortunas em propaganda
O BNDES é banco de fomento, mas paga preço alto por ser dirigido por Aloizio Mercadante, em razão do jeitinho de Ricardo Lewandowski, na época ministro do Supremo, jogando no lixo a mais preciosa regra da Lei das Estatais: a proibição de políticos em cargos de direção nas empresas. Legado do governo Michel Temer, a lei poupou as estatais de figuras como o ex-senador Mercadante, tornando-as lucrativas. Assim, voltaram aos prejuízos colossais pelo custo político dos seus gestores.
Para quê?
Para “azeitar” relações com a mídia engajada, o BNDES de Mercadante torrou R$52,1 milhões em propaganda de janeiro a novembro deste ano.
Para que mesmo?
Houve mês em 2024 que o banco presidido pelo político que em 2022 coordenou a campanha de Lula torrou R$11 milhões em propaganda.
Os escolhidos
Os maiores parceiros do BNDES são o grupo Globo, mas também TVs e jornais e o Facebook, o maior parceiro entre as redes, e Google.
Briga de foice no escuro
Petistas adeptos de Paulo Pimenta na Secom adoraram o Datafolha sobre a rejeição dos brasileiros a Janja e desataram a plantar contra ela, que faz força para a assessora Brunna Rosa substituir o ministro.
Queimando reservas
O governo Lula custa cada vez mais caro. Torrou US$3 bilhões (R$18,5 bilhões) das nossas reservas, só ontem, mas foi inútil: o dólar caiu só de R$6,18 para R$6,17. Não é nada não é nada, não é nada mesmo.
Google estava certo
Enquanto o governo caça culpados imaginários, o dólar turismo, comprado nos bancos ou casas de câmbio por brasileiros com viagem marcada para o exterior, custava ontem, com sorte, R$6,30.
Mentira oficial
Analistas ligados ao governo difundem a lorota de que seria “perigoso” e que “ninguém ganha” investindo em dólar. Eles mentem. Quem comprou moeda americana no começo de 2024, lucrou quase 40%. Em dólares.
Viva Milei
“Brasil passa Argentina e vira o mais endividado da América Latina” foi a matéria mais lida do ano no site Diário do Poder em 2024, revelando que a dívida pública do Brasil sob Lula superou os 85% do PIB.
Jogo é outro
A Bolsa de Valores no Brasil tem 5 milhões de investidores (pessoas físicas) com dinheiro na renda variável (ações etc.), cerca de 2,3% da população. Nem somados eles têm grande impacto na cotação do dólar.
Curioso
Apenas no Brasil as manchetes em torno da queda do avião no Cazaquistão citavam a Embrer como a fabricante do veículo. A aeronave foi alvo de artilharia antiaérea, segundo investigação preliminar.
Acordo estratégico
O BRB e a BRM Asset firmaram parceria para o mercado imobiliário em todo o Pais, com alocação prevista de até R$1 bilhão em diversas estratégias, incluindo desenvolvimento, crédito e permuta imobiliária.
Pensando bem…
…acabou que gabinete paralelo era o da primeira dama.
PODER SEM PUDOR
Necrológio prematuro
O senador cearense Almir Pinto foi à tribuna e fez um emocionado discurso em homenagem ao dentista Pedro Barroso, ex-reitor da UFCE. Só depois de muitos telegramas de condolências terem sido enviados por parlamentares de Brasília à “família enlutada”, soube-se que Barroso permanecia vivinho da silva. Todos quase morreram de vergonha. Mas, quinze dias depois, Barroso faleceu mesmo. As más línguas não perdoaram o senador, atribuindo a ele uma frase aliviada: “Puxa, graças a Deus, agora ele morreu.”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – @diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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