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Política Novo ministro de Lula defende a regulação das redes sociais e diz que mudança anunciada pela Meta é ruim para a democracia

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Sidônio Palmeira, que assumirá o cargo na Secom na terça-feira (14), trabalhou na campanha de Lula em 2022. (Foto: Divulgação)

O novo ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, Sidônio Palmeira, defendeu a regulação das redes sociais no Brasil e afirmou que a mudança anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, na última terça-feira (7) é “ruim” para a democracia.

Zuckerberg anunciou o fim do sistema de checagem no Instagram e no Facebook nos Estados Unidos. Ele também disse que a Meta passará a adotar o mecanismo conhecido como “notas de comunidade”, atualmente utilizado pelo X, de Elon Musk.

Ao anunciar a mudança em vídeo publicado no Instagram, Mark Zuckerberg disse que o objetivo é “retomar a liberdade de expressão” nas redes sociais da Meta.

“Eu acho que isso é ruim para democracia. Isso é ruim para democracia. Porque você não faz um controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. A gente precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais”, afirmou Sidônio.

Responsável pelo marketing da campanha de Lula em 2022, o publicitário baiano assumirá oficialmente o cargo de ministro da Secom na próxima semana no lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

Sidônio afirmou que o Brasil é “um país autônomo, independente, que vai tomar as medidas necessárias”.

A checagem de fatos é uma política criada há oito anos para reduzir a disseminação de desinformação em suas redes sociais.

Em vez de usar organizações de notícias e outros grupos independentes, a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, confiará nos usuários para adicionar notas ou correções a postagens que possam conter informações falsas ou enganosas. É um sistema conhecido como Notas de Comunidade, já usado pelo X, rede social de Elon Musk. Por enquanto, a decisão vale apenas para os Estados Unidos.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que o sistema atual de checagem de fatos da empresa “chegou a um ponto em que há muitos erros e censura demais.” Por isso, disse, “é hora de voltar às nossas raízes sobre a liberdade de expressão”.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a decisão da plataforma Meta de encerrar seu programa de checagem de fatos intensifica a “desordem informacional” e ressalta a necessidade de uma nova regulamentação das redes sociais no Brasil.

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