Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2025
Os devastadores incêndios na Califórnia têm gerado uma crise significativa, resultando em 16 mortes e danos financeiros que podem ultrapassar os US$ 150 bilhões. O governador Gavin Newsom, diante da gravidade da situação, anunciou uma investigação para apurar a falta de água nos hidrantes, um fator que complicou ainda mais o combate às chamas. Em meio a essa tragédia, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas ao governador, atribuindo a responsabilidade pela crise à sua administração.
Trump sugeriu que a falta de água estava relacionada à proteção de uma espécie de peixe ameaçada, o que gerou um clima de tensão entre os líderes. “O governador se recusou a assinar a declaração de restauração de água apresentada a ele que teria permitido que milhões de galões de água, do excesso de chuva e derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia, incluindo áreas que estão atualmente queimando de forma virtualmente apocalíptica. Ele queria proteger um peixe essencialmente inútil chamado smelt”, disse o presidente eleito.
Newsom, por sua vez, pediu que a situação não fosse utilizada para fins políticos e chamou de falsa a acusação de Trump. Além disso, o governador do Partido Democrata, que foi um dos maiores aliados de Kamala Harris durante a eleição presidencial americana, também convidou o republicano a visitar a área afetada, na esperança de que pudesse ver de perto a devastação e compreender a gravidade da situação.
O que aconteceu
Os incêndios, que se espalham pelo condado de Los Angeles, afetaram aproximadamente 10 mil estruturas, causando um impacto devastador na comunidade local. O governador enfatizou a urgência de encontrar soluções que evitem a repetição de tais desastres no futuro, ressaltando a importância de um planejamento adequado e de recursos disponíveis para o combate a incêndios.
Cinco mortes foram causadas pelo incêndio Palisades, e 11 foram atribuídas ao incêndio Eaton. Ainda não se sabe o que causou o fogo, mas os fortes ventos do fenômeno Santa Ana fizeram as chamas se espalharem rapidamente em direção aos bairros.
Número de mortos deve aumentar quando as buscas com cães farejadores começarem, dizem as autoridades. Bairros inteiros foram consumidos pelas chamas desde o início dos incêndios na terça (7), e mais de 12 mil casas e comércios foram destruídos.
