Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2025
A mulher que tentou levar equipamentos eletrônicos para seu irmão militar, que está preso, afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que queria entregar músicas para ele. A PF abriu um inquérito para investigar o episódio.
O episódio ocorreu no fim do ano passado. Os equipamentos foram apreendidos, dentro de uma caixa de panetone, e as visitas para o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo foram suspensas. Azevedo está preso preventivamente pela suspeita de ter participado de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes, o que ele nega.
Em depoimento à PF, realizado nessa terça-feira (14), Dhebora Bezerra de Azevedo que a ideia de levar os equipamentos partiu dela e que seu irmão não sabia da atitude. Segundo ela, o cartão da memória tinha 57 músicas, incluindo canções gospel e de forró.
Dhebora disse que teve a ideia após Azevedo afirmar que estava praticando exercícios no local, mas que não tinha músicas para ouvir. O tenente-coronel está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
Ela ainda disse que não há áudios dela própria, de terceiros ou qualquer outro arquivo em formato de texto ou de vídeo, nem nenhum conteúdo ilícito. Dhebora não soube dizer, contudo, porque colocou os equipamentos dentro da caixa de panetone.
A PF informou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação que levou à prisão de Azevedo, a abertura de um inquérito para apurar o caso.
O objetivo é esclarecer se ocorreu o crime de “ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional”, que pode dar a pena de três meses a um ano de detenção.
Azevedo solicitou a Moraes que seu direito de receber visitas seja restabelecido, com exceção da irmã, mas o pedido ainda não foi analisado.