Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2025
A afirmação foi feita em meio a agradecimentos aos envolvidos no sucesso do acordo de alto risco entre Israel e o Hamas.
Foto: ReproduçãoO presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou em coletiva de imprensa que sua equipe e a do presidente eleito Donald Trump atuaram “como um time” na negociação do acordo de cessar-fogo alcançado nesta quarta-feira (15). A afirmação foi feita em meio a agradecimentos aos envolvidos no sucesso do acordo de alto risco entre Israel e o Hamas.
“Este acordo foi desenvolvido e negociado sob minha administração, mas seus termos serão implementados em grande parte pela próxima administração”, disse Biden.
“Nos últimos dias, temos falado como um time”, disse Biden. “Este tem sido um momento de verdadeira turbulência no Oriente Médio, mas enquanto me preparo para deixar o cargo, nossos amigos estão fortes, nossos inimigos estão fracos e essas são oportunidades genuínas para um novo futuro.”
Ao lado do principal enviado de Biden para o Oriente Médio, Brett McGurk, na reta final das negociações, estava Steve Witkoff, o enviado para o Oriente Médio nomeado por Trump – um desenvolvimento que autoridades da administração Biden disseram ser crítico para levar as negociações até a linha de chegada.
O acordo será implementado em três fases, sendo que a primeira teria duração de 42 dias. Segundo o primeiro-ministro do Catar, ele terá início neste domingo, dia 19 de janeiro. Na primeira, seriam libertados 33 reféns mantidos pelo Hamas e seus aliados desde 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertaria “muitas centenas” de prisioneiros palestinos. A Suprema Corte do país ouvirá petições de qualquer um que se oponha à libertação de prisioneiros palestinos.
Israel acredita que a maioria dos 33 reféns a serem libertados na primeira fase do acordo estão vivos. Ainda segundo as apurações sobre o que estava sendo negociado, os militares de Israel começariam a se retirar dos centros populacionais durante a primeira fase, mas permaneceriam ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito, conhecida como Corredor Filadélfia, ainda segundo a fonte.
Israel também manteria uma “zona-tampão” dentro de Gaza ao longo de sua fronteira, cujo tamanho era um dos pontos de discordância nas conversas.
O acordo também aumentaria a quantidade de ajuda humanitária que entra no território palestino, de acordo com a Associated Press, que teve acesso a uma cópia do rascunho do acordo.
Espera-se que o acordo inclua a libertação de cinco soldados israelenses detidas pelo Hamas ainda na primeira fase do acordo, cada uma das quais seria “trocada” por 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 condenados que estão cumprindo penas perpétuas, ainda segundo a Associated Press.
Prisioneiros palestinos considerados responsáveis por matar israelenses não seriam libertados para a Cisjordânia, mas sim para a Faixa de Gaza ou para o exterior após acordos com outros países. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.