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Política Embora aposentado, comandante da Marinha no governo Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal morou nos últimos dois anos em apartamento do governo

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Almir Garnier Santos foi indiciado recentemente pela Polícia Federal por supostamente ter apoiado uma tentativa de golpe de Estado no País em 2022. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O almirante da reserva Almir Garnier Santos, que foi comandante da Marinha durante o governo Bolsonaro e foi indiciado recentemente pela Polícia Federal (PF) por supostamente ter apoiado uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022, residiu nos últimos dois anos em um apartamento da Força em Brasília, o que levantou questionamentos sobre a utilização de recursos públicos.

O imóvel, um “apartamento de trânsito” da Marinha, tinha 160 metros quadrados e foi ocupado por Garnier de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, durante os dois primeiros anos da gestão Lula, por “motivo particular”. A residência foi autorizada por uma brecha nas regras militares, permitindo que o ex-comandante permanecesse no local mesmo após deixar suas funções na Marinha ainda em 2022.

Embora em reserva, Garnier continuou a receber um salário de R$ 36 mil mensais, um valor significativo mesmo após sua saída da ativa. Os dados sobre o uso do imóvel foram obtidos pela Coluna do Estadão, por meio da Lei de Acesso à Informação, e revelam que a Marinha não havia respondido aos questionamentos sobre o caso, o que gerou mais especulação sobre o uso de recursos públicos por uma figura de destaque na instituição.

O uso de um imóvel público refinado por um ex-comandante da Marinha é um contraste marcante com um vídeo institucional da Força, divulgado no mês anterior, que foi amplamente criticado. A campanha publicitária, intitulada “Privilégios? Vem pra Marinha”, foi lançada após o governo Lula anunciar um pacote de corte de gastos.

O vídeo, que mostrava imagens de militares em serviço em oposição a trabalhadores civis em momentos de lazer, foi removido das redes sociais da Marinha poucos dias após sua divulgação, devido à reação negativa. A campanha, que ironizava os “privilégios” de militares, gerou ainda mais controvérsias, considerando o contexto do uso do apartamento e os altos salários de figuras como Garnier.

Em relação ao indiciamento, a Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Almir Garnier se uniu ao “intento golpista” de 2022, que não teve sucesso porque os comandantes do Exército e da Aeronáutica, Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Almeida Baptista Junior, respectivamente, rechaçaram a proposta ilegal. Garnier foi indiciado ao lado de outras figuras, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Agora, o caso está sob análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá se oferece uma denúncia criminal contra o ex-comandante da Marinha e os demais envolvidos. (Estadão Conteúdo)

 

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