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Política Ministério da Fazenda pede à Polícia Federal que apure divulgação indevida de CPF de Fernando Haddad

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O gabinete do ministro recebeu denúncia de crime de uso de dados pessoais de forma indevida e sem consentimento

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O gabinete do ministro recebeu denúncia de crime de uso de dados pessoais de forma indevida e sem consentimento. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a disseminação de seu CPF indevidamente. O gabinete do ministro recebeu denúncia de crime de uso de dados pessoais de forma indevida e sem consentimento, além de tentativa de possível crime contra a ordem tributária e fiscal.

Um cidadão que se identifica como Rubinho estaria disseminando o CPF do ministro em grupos de aplicativo de mensagem (WhatsApp) no Estado da Bahia e sugerindo implicitamente que utilizem o dado pessoal como meio de identificação em compras e uso de serviços que solicitam a identificação do cliente.

A exposição do ministro ocorre em uma semana em que a pasta se viu obrigada a recuar e revogar a instrução normativa da Receita Federal que aumentava a fiscalização das transações por Pix.

A Fazenda pediu providências para dirimir maiores impactos na segurança pessoal de Haddad. Há poucos dias, o titular da Fazenda foi alvo de uma deep fake — material manipulado fruto do uso de inteligência artificial (IA) junto de materiais verdadeiros (por exemplo, foto e vídeo). Na filmagem manipulada por IA, uma imagem distorcida do ministro aparece dizendo ser favorável à criação do “imposto do cachorrinho de estimação”.

Zema

A lista de problemas recentes de Haddad não para de crescer. O ministro da Fazenda rebateu as críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobre os vetos ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Na rede social X, antigo twitter, Haddad afirmou que o mineiro ataca o governo federal e “como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade”.

Em uma publicação na última terça-feira (14), Zema afirmou que o governo federal “quer que os estados paguem a conta de sua gastança” e que seria “obrigar” o repasse de R$ 5 bilhões a mais para “sustentar privilégios e mordomias”.

O governador ainda criticou a quantidade de ministérios na Esplanada, ”viagens faraônicas”, gastos e cartão corporativo, “enquanto os estados lutam para equilibrar as contas”.

“Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?”, questionou.

Na publicação desta quinta-feira (16), Haddad rebateu as críticas sobre “privilégios” e afirmou que o governador “sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, inclusive”.

O ministro também afirmou que o governador “esqueceu de mencionar” que a proposta apresentada pelo mineiro para a renegociação das dívidas é “bem menor que a aprovada e sancionada agora”.

Haddad disse ainda que o veto mencionado por Zema foi sobre o dispositivo que jogava para a União a responsabilidade de quitar dívidas dos estados com bancos privados.

O projeto foi sancionado pelo presidente na segunda-feira (13), com 13 vetos. A proposta implementa o Propag para a renegociação dos mais de R$ 760 bilhões em dívidas dos Executivos estaduais com a União. Os Estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram 90% da dívida.

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