Domingo, 19 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
32°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Ministro afirma que não aceitará aumento “abusivo” do preço das passagens aéreas no Brasil

Compartilhe esta notícia:

Silvio Costa Filho disse que a negociação entre as empresas Gol e Azul tende a fortalecer o setor e até ampliar o número de destinos na malha aérea nacional. (Foto: Reprodução)

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou na última quinta-feira (16) que não aceitará aumento “abusivo” do preço das passagens aéreas no Brasil como resultado da fusão entre as companhias Gol e Azul. Apesar de reclamar com frequência da alta concentração no mercado brasileiro, ele disse que a negociação tende a fortalecer o setor e até ampliar o número de destinos na malha aérea nacional.

Desde que assumiu o comando do ministério, em setembro de 2023, Costa Filho se queixa de que Latam, Gol e Azul dominam juntas 98% do mercado brasileiro. Questionado se a aproximação entre Gol e Azul poderia piorar esse quadro, ele disse que as companhias atuariam num modelo parecido ao de “federação partidária”, mantendo a independência.

“Encaro uma possível fusão como a federação. Eles vão se fortalecer. Pensando no fortalecimento da aviação, pelo que entendi, eles vão querer preservar a autonomia financeira e a autonomia de governança”, afirmou Costa Filho.

Para o ministro, o governo precisa buscar alternativas para tornar as empresas mais fortes, afastando risco à operação. “O intuito nosso, da Secretaria Nacional de Aviação, é que a gente possa continuar na agenda do fortalecimento da aviação brasileira. O pior cenário para o Brasil seria que essas empresas quebrassem (…) A gente precisa agora oferecer uma mão amiga para poder cuidar desses ativos do Brasil”, afirmou.

Mesmo descartando eventual aumento de preço das passagens, Costa Filho assegurou que o governo não irá fazer intervenção no mercado caso isso venha a ocorrer. “O que a gente tem feito, desde o primeiro momento, é um trabalho de sensibilização”, pontuou, sobre a interação que tem realizado com o setor para resolver problemas que impactam os preços das passagens.

O ministro disse ainda que, nesta semana, vai receber os presidentes das companhias aéreas brasileiras.

Ao considerar eventuais efeitos positivos da operação conjunta entre Gol e Azul, o ministro disse que tem a expectativa de que seja ampliada a cobertura da malha aérea pelas empresas, com as aeronaves atendendo novos destinos. Para ele, a negociação entre os dois grupos também não deve prejudicar o negócio da Latam, que, “está vivendo excelente momento”. Ele disse ainda que a atuação em países da América do Sul confere “grande sustentabilidade” à empresa concorrente.

Durante entrevista, o titular da pasta de Portos e Aeroportos afirmou que o preço médio da passagem aérea no Brasil caiu 5,1% em 2024 em relação ao ano anterior. O valor médio ficou em R$ 632,16 no ano passado. Ao fazer um balanço da gestão, o ministro mencionou que 50,8% das passagens foram comercializadas abaixo de R$ 500 no ano passado, ao mesmo tempo em que as aeronaves alcançaram a taxa de ocupação de 84%, maior da série histórica iniciada em 2002.

Ainda sobre a redução do preço do bilhete aéreo, Costa Filho afirmou que o esforço do governo de reduzir o valor do querosene de aviação (QAv) em cerca de 15% também contribuiu. O combustível representa cerca de 40% dos custos do setor.

Em meio à discussão sobre possível aproximação das companhias Gol e Azul, o ministro de Portos e Aeroportos disse que existe ainda um desafio de contratar mais aeronaves para ampliar a oferta de voos.

Segundo ele, esse fator se soma a outros efeitos negativos da pandemia, como o alto endividamento do setor, que encareceram os preços das passagens em cerca de 15%.

Na ocasião, fora a fusão, Costa Filho também aproveitou para dizer que o governo tem a expectativa de que aumente a concorrência no setor aéreo brasileiro, com a confirmação da chegada ao país das empresas aéreas que utilizam o modelo de baixo custo operacional, do segmento de “low cost”.

Ele mencionou ainda que pelo menos três estrangeiras com este perfil de atuação, muito comum no mercado europeu, consideram iniciar a operação no país, entre elas Blue Jet, Iberia e Jet Smart. E que pretende fazer uma rodada de conversas com executivos dessas empresas nos próximos meses. As informações são do jornal Valor Econômico.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

INSS suspende por seis meses o bloqueio do pagamento de benefícios por falta de prova de vida
Carros no Brasil ficam até R$ 40 mil mais caros em um ano
https://www.osul.com.br/ministro-afirma-que-nao-aceitara-aumento-abusivo-do-preco-das-passagens-aereas-no-brasil/ Ministro afirma que não aceitará aumento “abusivo” do preço das passagens aéreas no Brasil 2025-01-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar