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Brasil Efeitos dos juros: alta da Selic freia abertura de empregos com vagas pela CLT

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Na passagem de outubro para novembro de 2024, houve redução tanto no saldo de vagas geradas com carteira assinada quanto no número de demissões voluntárias. (Foto: Freepik)

O atual ciclo de aperto monetário já contribui para uma perda de fôlego do emprego formal no País. O movimento, visto no final de 2024, deve se intensificar neste ano de 2025, na avaliação das pesquisadoras Janaína Feijó e Helena Zahar, em estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Na passagem de outubro para novembro de 2024, houve redução tanto no saldo de vagas geradas com carteira assinada quanto no número de demissões voluntárias computados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho.

“A gente vê uns aumentos dos juros consecutivos e isso tende também a repercutir no mercado de trabalho. Como? Uma taxa de juros mais elevada acaba desestimulando os investimentos produtivos. Se tem menos investimento produtivo, a tendência é que as empresas posterguem a decisão de expandir seus negócios e contratar. Isso acaba influenciando o mercado de trabalho”, afirmou a pesquisadora Janaína Feijó.

O estudo lembra que o ano de 2024 vinha marcado por uma forte geração de emprego formal e pelo crescimento expressivo das demissões voluntárias, fenômeno que indica uma migração de trabalhadores para cargos melhores em meio a um mercado de trabalho aquecido. Essa dinâmica arrefeceu em novembro, quando o volume de desligamentos a pedido do trabalhador recuou “consideravelmente”.

O número de demissões voluntárias somou 644.611 em novembro, o menor resultado mensal registrado em 2024. Os desligamentos a pedido em novembro caíram 16,6% em relação ao mês anterior (outubro), quando totalizaram 772.851.

“Tivemos sucessivos meses em 2024 que as demissões a pedido bateram recorde, fruto de uma atividade econômica intensa. A tendência é que, com a atividade econômica desacelerando, isso também faça com que haja menos oportunidades. E os trabalhadores vão se deparar com menos oportunidades para ficar migrando de um trabalho para o outro”, projetou Feijó.

Em novembro, houve uma abertura líquida de 106.625 vagas formais, resultado de 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos. Embora positivo, o saldo foi o mais brando para o mês na série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. O número de postos efetivamente criados foi 19,3% inferior ao registrado um mês antes, em outubro de 2024, quando totalizou 132.138 vagas. Em relação a novembro de 2023, quando o saldo foi de 121.366 vagas, houve uma queda de 12,1%.

“O mercado de trabalho está muito relacionado à atividade econômica. É como se a atividade tivesse acomodado, e isso resultaria em 2025 numa desaceleração mais expressiva. Quando a atividade econômica está aquecida, a tendência é que a gente observe mais contratações. Se pegar só o mês de novembro, a gente observa que ele ficou muito aquém dos novembros dos últimos anos, e para um período que é considerado um período de contratações mais fortes, porque é final de ano. Geralmente, os contratantes começam a contratar em outubro e novembro já se preparando para o final de novembro, a Black Friday, e também para as festividades de final de ano. Mesmo assim não ocorreu um aumento mais expressivo”, ressaltou Feijó. “A tendência é que em 2025 esse saldo venha a se acomodar e até mesmo a ter um desempenho mais moderado do que a gente observou em 2024″, completou.

A pesquisadora ressalta, porém, que o resultado acumulado no ano continua robusto, por conta do carregamento de um início de 2024 mais aquecido. No acumulado do ano, de janeiro a novembro de 2024, houve uma geração líquida de 2,224 milhões de novas vagas formais, uma alta de 16,68% em relação ao mesmo período de 2023. Já as demissões voluntárias totalizaram um recorde de 7,942 milhões de janeiro a novembro de 2024, aumento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2023. As informações são do portal Estadão.

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