Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2025
As ações – que já estão sendo contestadas na Justiça – podem criar medo e confusão em cidades com grandes populações imigrantes.
Foto: ReproduçãoLíderes estaduais e locais em todo o território dos Estados Unidos estão se preparando para uma onda de políticas agressivas de imigração e possíveis deportações em massa que o presidente Donald Trump prometeu promulgar nas horas e dias seguintes à sua posse.
As ações de imigração – que já estão sendo contestadas na Justiça – podem criar medo e confusão em cidades com grandes populações imigrantes, já que todos, desde motoristas de ônibus escolares a gerentes de restaurantes e pastores de igrejas, ficarão se perguntando o que fazer se a Imigração e Alfândega baterem à porta.
Em todo o país, autoridades estaduais e municipais têm se preparado para a inevitável repressão à imigração. E enquanto muitos têm planos em andamento para apoiar comunidades migrantes – e em alguns casos frustrar a fiscalização federal de imigração – outros expressaram apoio entusiasmado às políticas planejadas por Trump.
Brasileiros
Brasileiros residentes de Estados como Massachusetts e Nova Jersey expressam apreensão com o novo mandato de Donald Trump. O clima é de ansiedade, especialmente em relação às políticas migratórias que podem impactar diretamente a comunidade brasileira no país. Muitos destacam que, apesar das promessas de campanha reforçadas na posse, há dúvidas sobre o cumprimento integral dessas medidas.
A deportação de brasileiros dos Estados Unidos ganhou destaque a partir de outubro de 2019, quando Trump, em seu primeiro mandato, intensificou o combate aos imigrantes ilegais. A política foi mantida pelo ex-presidente Joe Biden, do partido Democrata. Durante o governo de Biden, mais de 10,4 mil brasileiros foram deportados, de acordo com a Polícia Federal. A maioria desembarcou em voos fretados no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, região metropolitana da capital mineira.
O Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, é um dos principais polos migratórios para os Estados Unidos. A região é alvo de diversas investigações da Polícia Federal contra coiotes e redes de atravessadores que organizam a imigração ilegal. Em 2020, um terço dos brasileiros deportados era originário de Minas Gerais.
No início de janeiro, mais um voo com 100 deportados aterrissou no aeroporto de Confins, e a expectativa é de que outro chegue ainda neste mês, segundo a Polícia Federal.