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Brasil Preso segundo suspeito de executar delator do PCC em aeroporto de São Paulo

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Ao todo, já são 17 PMs presos por envolvimento no caso do assassinato de Gritzbach.

Foto: Reprodução
Ao todo, já são 17 PMs presos por envolvimento no caso do assassinato de Gritzbach (e). (Foto: Reprodução)

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu nesta terça-feira (21) o segundo suspeito de matar Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Segundo apuração da TV Globo, o soldado da PM Ruan Silva Rodrigues trabalha na 3ª Cia do 20 BPM/M. Ao todo, já são 17 PMs presos por envolvimento no caso.

A prisão temporária foi decretada pela Justiça Militar e pela Justiça comum. Na segunda (20), quando começou a ouvir notícias de que teria sido identificado, o PM procurou a administração do Batalhão para pedir licença. A informação chegou até a Corregedoria, que imediatamente recolheu o PM. Após passar por exame de corpo de delito, seguirá para o Presídio Militar Romão Gomes.

A investigação descobriu que o cabo Denis Martins, o suspeito de ser o primeiro executor, o tenente Fernando Genauro, suspeito de ser o motorista, e o soldado Ruan trabalharam juntos. O sistema de geolocalização dos celulares dos três aponta que eles estavam no aeroporto no momento do crime.

Nesta terça, policiais do DHPP interrogaram Denis e Fernando. Os PMs Giovanni de Oliveira Garcia e Leandro Ortiz que também estão presos e foram ouvidos como testemunhas. Todos negaram envolvimento no crime.

Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.

Outros presos

No sábado (18), a Polícia Civil havia prendido Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, sob suspeita de ser o motorista do carro usado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach.

O policial é o 1º tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos. Ele foi preso em Osasco, onde mora. Em nota, o advogado Mauro Ribas Junior, que defende o tenente, afirmou que “Genauro é inocente, não estava no local do crime” e que “não fazia parte da segurança de Vinicus Gritzbach”. “A defesa entende que prisão foi prematura e amparada em provas frágeis – a saber: uma denúncia anônima e a imagem de uma câmera que mostra apenas uma pessoa de perfil.”

O PM foi levado para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Em seguida, será encaminhado ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar. A operação que levou à prisão do PM teve o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Gritzbach é executado a tiros no aeroporto.

A Secretaria da Segurança Pública disse, em nota, que “as forças de segurança do estado são instituições legalistas e que nenhum desvio de conduta será tolerado. A força-tarefa criada para investigar o crime segue em diligências para identificar e punir todos os envolvidos”.

Segundo a polícia, o carro Gol preto usado no crime foi encontrado.

A prisão dos outros 15 PMs aconteceu em uma operação na última quinta-feira (16). Quatorze deles faziam a segurança pessoal de Gritzbach. Outro PM foi preso acusado de ser autor dos disparos. A polícia ainda não sabe se o suspeito de ser o atirador tem relação com o grupo que fazia parte da escolta.

Além dos policiais militares, foi preso na sexta-feira (17) um suspeito de ter ajudado o homem apontado como “olheiro” que avisou atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e que segue foragido. Uma modelo apontada como namorada do olheiro também foi presa. Em dezembro, a polícia já tinha prendido um homem acusado de emprestar os dois carros usados na fuga: um para o olheiro e outro para os atiradores.

O cruzamento de diversas investigações sobre a facção, inclusive sobre a morte de Gritzbach, também levou à prisão de quatro policiais civis em dezembro. Depois, um quinto policial que estava foragido se entregou.

(AG)

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