Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2025
Mandados judiciais foram cumpridos no Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoEm uma ação conjunta, as Polícias Civis do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro cumpriram, na manhã desta quarta-feira (22), oito mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a uma empresa suspeita de comercializar cerca de 800 toneladas de produtos alimentícios contaminados pelas enchentes que atingiram o RS em maio de 2024.
Todas as ordens judiciais foram cumpridas no Rio, onde localiza-se a sede da empresa. A investigação iniciou na Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins do RS. Segundo a apuração, os produtos comercializados pela empresa carioca eram oriundos de uma empresa com sede na cidade de Canoas, a qual teve o depósito completamente atingido pelas águas contaminadas da enchente.
A empresa com sede no município gaúcho, que atua no ramo de importação, exportação e distribuição de alimentos, vendeu os produtos para a empresa com sede no Rio de forma legal. Os alimentos seriam destinados exclusivamente para a fabricação de ração animal ou graxarias, pois eram impróprios ao consumo humano, uma vez que entraram em contato com as águas da enchente. Entretanto, a empresa carioca revendeu os produtos para o comércio tradicional, auferindo enorme lucro, pois os comprou da empresa gaúcha por apenas cerca de R$ 1 o quilo.
Após a confirmação de que a sede da empresa suspeita era no Rio de Janeiro, o caso foi encaminhado para a Polícia Civil fluminense. Ninguém foi preso.