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Brasil Carne podre de enchente foi comprada por menos de R$ 1 o quilo e revendida para consumo em todo o País

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Uma empresa pagou a um frigorífico em Canoas apenas R$ 0,90 por quilo de alguns produtos.

Foto: Reprodução
Uma empresa pagou a um frigorífico em Canoas apenas R$ 0,90 por quilo de alguns produtos. (Foto: Reprodução)

Pelo menos 800 toneladas de carnes impróprias para consumo humano, após os produtos ficarem submersos durante as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, foram revendidas para mercados e açougues de todo o País sem qualquer restrição.

A carga foi comprada por uma empresa e distribuidora da cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro, com a justificativa de que seria usada na fabricação de ração animal. Uma investigação da Polícia Civil do Rio, através da Delegacia do Consumidor (Decon), descobriu o crime. Os envolvidos são acusados de fornecer carne bovina, frangos e cortes de suínos estragados. O esquema ainda contou com um lucro gigantesco, com uma margem de ganho de até 6.150%, segundo as investigações.

Uma empresa pagou a um frigorífico em Canoas (RS) apenas R$ 0,90 por quilo de alguns produtos, desembolsando por toda a carga menos de R$ 80 mil. Para que a carga pudesse ser revendida para mercados e açougues de todo o País, os produtos ganharam “ares” de conformidade, com apagamento das marcas. Com a fraude, a polícia estima que os responsáveis possam ter faturado cerca de R$ 5 milhões.

Durante a Operação Carne Fraca na quarta-feira, os agentes ainda encontraram um pacote de picanha, à venda na loja da empresa, que fazia parte do lote comprado do Rio Grande do Sul. A ação, em conjunto com a Decon gaúcha, prendeu dois sócios e dois funcionários da distribuidora na cidade de Três Rios.

“A informação que temos é que essa carne foi “maquiada”. Antes da revenda, eles retiraram sinais de sujeira das embalagens, que ficaram em contato com a água suja e lama”, disse o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio.

Toda a mercadoria foi transportada por 32 carretas para diferentes partes do País. A polícia, até o momento, só conseguiu rastrear o destino de 17 das 800 toneladas até agora.

“Ainda estamos investigando para onde todas essas carnes foram vendidas. A gente sabe que 15 toneladas foram para um revendedor de Minas. Ele foi ouvido pela polícia gaúcha, mas não descartamos que volte a ser intimado. Outras duas toneladas foram inutilizadas na operação que fizemos agora em Três Rios. Acabaram no lixo”, contou Wellington.

A empresa que revendeu a carne tem como sócios os irmãos Almir Jorge Luís da Silva e Altamir Jorge Luís da Silva. Além deles, foram presos José Luis Dias da Silva, gerente e irmão da dupla, e o diretor de Logística da empresa, Ciro José Marinho.

As suspeitas sobre a companhia de Três Rios surgiram por causa de uma coincidência. A empresa fluminense revendeu 15 toneladas de carne para uma distribuidora de Betim (MG). Esta, por sua vez, forneceu seis toneladas para um frigorífico de Cachoeirinha (RS), o primeiro a negociar a carne. Verificados os lotes, descobriu-se que faziam parte da mercadoria inutilizada, que tinha sido vendida já como material impróprio para consumo humano. As informações são do portal de notícias O Globo.

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https://www.osul.com.br/carne-podre-de-enchente-foi-comprada-por-menos-de-r-1-o-quilo-e-revendida-para-consumo-em-todo-o-pais/ Carne podre de enchente foi comprada por menos de R$ 1 o quilo e revendida para consumo em todo o País 2025-01-23
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