Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Quem é Léo Índio, primo dos Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República

Compartilhe esta notícia:

Durante o governo de Jair Bolsonaro, Léo Índio circulava com livre acesso pelos gabinetes do Palácio do Planalto.

Foto: Reprodução
Durante o governo de Jair Bolsonaro, Léo Índio circulava com livre acesso pelos gabinetes do Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nessa quarta-feira (22) Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe de Estado.

Léo foi investigado na Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), por participação nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a PGR, há provas que Léo “participou como incitador e executor dos atos antidemocráticos” e “concorreu dolosamente para a prática das condutas criminosas” do ataque aos Três Poderes.

O servidor público se descreve nas redes sociais como “sobrinho do Bolsonaro”, mas o parentesco de Léo com o ex-presidente, na verdade, é mais distante: ele é filho de uma irmã de Rogéria Nantes, a primeira mulher de Jair Bolsonaro e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, Léo Índio circulava com livre acesso pelos gabinetes do Palácio do Planalto, mesmo sem ter cargo na Presidência. Somente nos primeiros 45 dias de governo Bolsonaro, Léo Índio foi 58 vezes ao Planalto – frequência maior que a do próprio presidente, que despachou do local em 16 ocasiões entre os dias 1º de janeiro e 14 de fevereiro de 2019.

Léo Índio nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e tem 41 anos. Ele se candidatou a deputado distrital em 2022 pelo PL com o nome de urna “Léo Índio Bolsonaro”, mas obteve 1.801 votos e não foi eleito. Na ocasião, declarou não possuir bens.

Em 2024, candidatou-se pelo PP a vereador de Cascavel, no interior do Paraná. Como patrimônio, declarou possuir R$ 5 mil de dinheiro em espécie. Usando como nome de urna “Léo Bolsonaro” obteve 739 votos e, mais uma vez, não se elegeu.

Entre novembro de 2006 e janeiro de 2012, foi funcionário no gabinete de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual do Rio de Janeiro. Ele foi alvo de quebra de sigilo bancário no âmbito da investigação que apurou possível prática de “rachadinha”. O caso foi arquivado.

Entre 2019 e 2022, foi nomeado para cargos em comissão do Senado – primeiro no gabinete de Chico Rodrigues (então no DEM, hoje no PSB) e, depois, na liderança do PL. Ele deixou o gabinete de Chico Rodrigues em agosto de 2020, após um escândalo de corrupção envolvendo o senador.

Ele afirmou em mensagens analisadas pela Polícia Federal (PF) que se sentia abandonado e “deixado fora de tudo” pelo clã Bolsonaro.

Na apuração elaborada pela Polícia Federal e que serviu como base para a denúncia da PGR, os investigadores afirmam que mensagens trocadas por Léo Índio no WhatsApp revelam “uma espécie de ressentimento por parte dele “em relação aos seus primos, filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, notadamente quando sugere falta de reconhecimento por parte do clã Bolsonaro, na oportunidade em que alega ter sido ‘deixado de fora de tudo’”.

“Há de se observar, neste e em outros diálogos, um certo distanciamento de LÉO ÍNDIO em relação aos seus primos e tio, uma vez que resta evidenciada essa mágoa por parte de LÉO, que não se sente suficientemente valorizado pelo trabalho que outrora desempenhara”, diz a PF.

Em 2023, Léo Índio foi um dos alvos da 19ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que buscava identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, ele teve apreendido pela PF o aparelho celular, o passaporte e mídias. Antes disso, em janeiro, o sobrinho do ex-presidente foi alvo da terceira fase da operação.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Al-Hilal diz que Neymar precisa abrir mão de mais de R$ 400 milhões para sair livre e fechar com o Santos
Polícia investiga o desaparecimento de vereador do Vale do Taquari
https://www.osul.com.br/quem-e-leo-indio-primo-dos-bolsonaro-denunciado-pela-procuradoria-geral-da-republica/ Quem é Léo Índio, primo dos Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República 2025-01-23
Deixe seu comentário
Pode te interessar