Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2025
O intérprete de Rubens Paiva contou que a família Paiva merecia essas indicações e exaltou os concorrentes.
Foto: DivulgaçãoA indicação ao Oscar de Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres é o assunto do momento, e rendeu comemorações e homenagens de Selton Mello, que atuou no longa inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva. O anúncio da premiação ocorreu na quinta-feira (23).
No Instagram, ele escreveu: “Fizemos um filme. Ele nasceu vitorioso por motivos variados: por lembrar o que jamais pode ser esquecido, por comover com uma beleza austera, por encher as salas de cinema de novo, por levar nossa sensibilidade para o mundo, por recuperar nossa autoestima cultural, por abrir tantas portas para outros que virão, por restaurar o amor pelo cinema brasileiro, por ter criado algo emocionalmente poderoso, por alcançar o raro equilíbrio entre estética e ética, por ser sublime em sua justa simplicidade”.
O ator completou que o País e o mundo precisavam da obra no momento em que vivemos, e agradeceu: “Três indicações ao Oscar; com a de melhor filme, nós entramos para a história para sempre. Ainda estamos aqui: Eunice, Rubens, nós e vocês”.
Em entrevista para GloboNews, o ator contou que está na Austrália e acordou o hotel com a comemoração. “A gente sonhava com o melhor filme. Isso é histórico. Isso mostra nossa potência criativa”.
O intérprete de Rubens Paiva contou que a família Paiva merecia essas indicações e exaltou os concorrentes.
“O filme é o corpo do Rubens que nunca foi encontrado. Eu só tive acesso a fotografias e conversei com a família dele. Eu queria imprimir na tela o que ele significava e emanava”, disse.
Selton Mello explicou ainda que as indicações vão trazer destaque para outras produções artísticas do Brasil. “É uma abertura de porta e reconhecimento da grandeza do que fazemos”, falou.
“Ainda estou aqui” é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva. No filme, o público acompanha a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar. O filme também concorre ao BAFTA, considerado o “Oscar britânico”. Cerimônia acontece no dia 16 de fevereiro.