Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2025
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a famosa pintura da Mona Lisa ganhará uma nova sala no Louvre, como parte de uma série de anúncios para um “novo renascimento” para o museu mais visitado do mundo.
“O maior museu do mundo vive um fim de ciclo (…) Mudanças fundamentais e investimentos de longo prazo são necessários para um novo renascimento do Louvre”, afirmou Macron, com a obra de Leonardo da Vinci ao fundo.
A preocupação com o museu, situado às margens do rio Sena em Paris, na França, aumentou desde o dia 13 de janeiro, quando sua diretora e presidente, Laurence des Cars, enviou uma nota à ministra da Cultura, Rachida Dati, para alertar sobre seu estado.
Entre os problemas apresentados estão a “multiplicação de defeitos em espaços às vezes muito degradados”, “equipamentos técnicos obsoletos”, “preocupantes oscilações de temperatura” que afetam a conservação das obras.
Macron anunciou, assim, “a criação de uma nova entrada” para no máximo, 2031, especialmente quando a pirâmide inaugurada em 1988, que serve como uma majestosa entrada para o museu, é considerada na nota como “estruturalmente obsoleta”.
Ieoh Ming Pei, arquiteto responsável pelo projeto, a projetou para acolher quatro milhões de visitantes anuais. No ano passado, nove milhões de pessoas visitaram o museu. Antes da pandemia de Covid-19, o recorde foi de dez milhões.
Além disso, a Mona Lisa, visitada por mais de 20 mil pessoas por dia, será movida para um novo espaço para que seja “acessível de maneira autônoma”, independente do restante do museu, “com seu próprio ingresso de acesso”.
No entanto, a principal incerteza é como financiar esses anúncios, quando o governo francês busca reduzir os altos níveis de dívida e déficit públicos, sem contar com maioria no Parlamento.
“Todas as obras da nova entrada serão financiadas com os recursos próprios do museu, a venda de ingressos, o mecenato e a licença do Louvre Abu Dhabi, sem onerar o contribuinte”, assegurou Macron.
Quanto aos ingressos, o presidente defendeu que os turistas de fora da União Europeia paguem mais para acessar o museu a partir de 2026. Atualmente, o ingresso custa 22 euros (cerca de 23 dólares), mas é gratuito para todos menores de 18 anos e para menores de 26 residentes no Espaço Econômico Europeu.
