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Política Apoiado por lulistas e bolsonaristas, o candidato favorito à presidência da Câmara dos Deputados tem dito que vai buscar equilibrar as demandas dos partidos, sem priorizar grupos

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Hugo Motta promete maior previsibilidade na pauta do plenário. (Foto: Reprodução)

Favorito para comandar a Câmara dos Deputados nos próximos dois anos, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) tem conquistado a confiança de seus pares com promessas de maior previsibilidade na pauta do plenário – o que já tinha sido prometido pelo seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), mas não foi cumprido.

Com apoio de partidos de esquerda à direita, o paraibano também tem indicado que procurará equilibrar as demandas das legendas, sem priorizar um grupo em detrimento de outro. Esse, aliás, é considerado um dos principais desafios dele à frente do cargo.

Mesmo sendo uma das marcas de sua campanha para chegar ao principal cargo da Mesa Diretora em 2021, quando foi eleito para suceder Rodrigo Maia, a previsibilidade não foi uma característica colocada em prática pelo alagoano. Até mesmo aliados reconhecem que esse foi um dos pontos mais criticados da gestão do deputado do PP, que, em muitas oportunidades, bateu o martelo sobre a pauta da sessão horas antes do início da sessão em conversas com líderes mais próximos.

Durante sua gestão, quando criticado pela falta de previsibilidade, Lira costumava afirmar que o modo de trabalho atendia à vontade do colégio de líderes.

Interlocutores de Motta afirmam que ele tem reforçado, em conversas com seus pares, que a lista de propostas que será apreciada em plenário será conhecida pelos deputados no início da semana. Com isso, parlamentares terão mais tempo para estudar cada um dos projetos, poderão discuti-los com suas bancadas e elaborar estratégias para garantir o avanço ou impedir que as medidas prosperem.

Outra reclamação constante em relação a Lira, principal articulador da campanha de Motta, é que o presidente da Câmara não teve compromisso com o horário da sessão. Muitas vezes, a sessão era marcada por horas de discursos parlamentares e as votações só começavam no início da noite.

Motta pretende estabelecer, a partir de conversa com líderes partidários, um horário que seja considerado razoável para o início das deliberações. Ele deve sugerir que as sessões deliberativas comecem a partir das 16h.

O paraibano também tem indicado que o sistema presencial de votações voltará a prevalecer caso chegue ao principal posto da Mesa Diretora. Mesmo após a pandemia, sessões virtuais e híbridas continuaram ocorrendo sob a gestão Lira.

A iniciativa teria como objetivo enriquecer os debates e ampliar as possibilidades de negociação em torno de um texto. Em sua avaliação, a análise de proposições em um plenário esvaziado acaba por concentrar a decisão em um grupo reduzido de parlamentares.

Aliados de Motta avaliam que a postura está alinhada à decisão de conduzir sua gestão tentando se equilibrar entre os interesses de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois grupos compõem o bloco de legendas que apoiam sua chegada ao comando da Mesa Diretora.

Enquanto governistas pedirão que ele mantenha a postura do antecessor de articular a favor da votação de medidas econômicas, bolsonaristas o pressionarão pelo avanço de propostas polêmicas, entre elas, o projeto que busca anistiar os participantes dos atos golpistas do 8 de Janeiro.

Na avaliação de fontes próximas do deputado do Republicanos, ele deve selar o compromisso de não engavetar nenhuma medida, mas também indicará que não será o fio condutor das negociações de textos considerados “radicais”. A mobilização para conseguir votos caberá aos grupos interessados, explica um interlocutor de Motta ao jornal Valor Econômico.

Nos últimos dias, o deputado reuniu-se com bancadas dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde foi recebido em jantares com parlamentares de diversas legendas e recebeu acenos de diversos apoios.

Na terça-feira (28), em encontro com deputados da bancada fluminense, Motta comprometeu-se com a derrubada dos vetos presidenciais no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O pedido dos parlamentares, que tem a simpatia de Motta, é que se mantenha o texto acordado no Senado. Na chegada ao jantar, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que, com os vetos, o programa torna-se “inócuo”.

O deputado do Republicanos também recebeu o pedido para que ele impeça que o Rio perca espaço na Câmara na revisão do tamanho das bancadas. A medida segue uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a representação dos Estados na Casa seja revista com base no censo demográfico de 2022.

Apesar do amplo favoritismo de Motta, aliados evitam o clima de já ganhou e afirmam a importância de se respeitar as candidaturas adversárias. Até o momento, Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS) indicaram que também estarão na disputa deste sábado. As informações são do jornal Valor Econômico.

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