Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ter tempo de ler livros e que se mantém informado por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia nessa sexta-feira (31), o ex-presidente foi questionado sobre o último livro que havia lido.
Bolsonaro respondeu não ter tempo para ler livro, dedicando-se somente ao que recebe por uma “rede de Zap e informações”. “Livro eu não leio mais, não dá, não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de Zap e informações. A China assinou com o Brasil 37 acordos. Esses eu tenho que ler”, disse Bolsonaro.
Em seguida, o ex-presidente foi questionado se tem o hábito de ver filmes. “Não dá. Só vejo futebol”, disse.
Durante a entrevista, Jair Bolsonaro comentou ainda sobre as duas penas à inelegibilidade, a cassação de Carla Zambelli (PL-SP) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo e sobre a candidatura de Marcos Pontes (PL-SP) ao comando do Senado.
Bolsonaro voltou a criticar as condenações que o tornam inapto a concorrer a cargos eletivos até 2030, mas evitou responder sobre a possível reversão da pena e não comentou sobre um “plano B” para as eleições presidenciais de 2026. O ex-presidente defendeu Zambelli e voltou a criticar a candidatura de Pontes, que manteve a posição à revelia do PL, que apoiará Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa.
O ex-presidente disse que as condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são “negações à democracia”. Bolsonaro voltou a utilizar um paralelo com a ditadura da Venezuela. “Igual na Venezuela, torna inelegível os concorrentes”, disse, referindo-se aos casos de María Corina Machado e Edmundo González.
Bolsonaro evitou responder se acredita, de fato, que poderá reverter as decisões da Justiça Eleitoral até a eleição presidencial de 2026. Ele está inelegível até 2030. Também não houve resposta sobre um eventual “plano B” para seu grupo político.
Na semana passada, em entrevista à CNN Brasil, o ex-chefe do Executivo avaliou nomes da direita que poderiam disputar o cargo caso ele não reverta sua situação na Justiça Eleitoral.
Bolsonaro não descartou candidatura dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no próximo pleito. Ele admitiu ainda que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ser um nome, mas depois recuou. (Estadão Conteúdo)