Sábado, 01 de fevereiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política “Ninguém embarca em um navio se sabe que vai naufragar”, diz o atual presidente da Câmara dos Deputados sobre apoio eleitoral a Lula

Compartilhe esta notícia:

O deputado Arthur Lira está de saída da presidência da Câmara após quatro anos no cargo. (Foto: Câmara dos Deputados)

De saída da presidência da Câmara após quatro anos no cargo, o deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) age corretamente ao tentar atrelar a reforma ministerial, que atenderia a demandas de partidos de centro, a um eventual apoio à sua reeleição em 2026. Lira pondera, no entanto, que além dos ajustes no primeiro escalão o petista precisa melhorar o ambiente econômico e a relação entre Executivo e Legislativo. Em sua avaliação, ninguém vai querer entrar em barco que está afundando.

“Uma base de apoio para governar é diferente de uma base de apoio eleitoral. O apoio eleitoral depende de economia e de possibilidades. Ninguém vai embarcar num navio que vai naufragar sabendo que vai naufragar”, disse Lira em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Fiador da aprovação de muitas matérias prioritárias da agenda econômica, como a reforma tributária e o pacote fiscal, Lira avaliou não haver clima para o avanço de medidas que busquem aumentar a arrecadação e destacou que vingou a fama de que o governo só taxa a população.

Ainda que seja uma medida popular e uma das principais promessas de campanha de Lula, a reforma do Imposto de Renda deve ter uma tramitação complexa. “Ela tem apelo e até justiça social. Mas como é que vai fazer para equilibrar? A gente tem que ver. Tem que ser discutida no Congresso e tem este ano para discutir”, afirmou Lira.

Apesar dos marcos econômicos da sua gestão, Lira admite que sua presidência também foi marcada pelo fortalecimento das emendas parlamentares. Ele defendeu o instrumento e reconheceu que é possível aprimorar o formato do repasse das verbas para as bases eleitorais, mas alertou para o risco de um embate nesse campo se transformar numa crise institucional. Leia a seguir os principais pontos da entrevista.

– Qual é o balanço que o senhor faz da sua gestão?Esse mandato não foi de dois anos, ele foi de quatro. A gente precisa lembrar também de tudo que foi feito ainda lá no período do governo anterior, começando pelo Banco Central independente, e aí vem todo o resto: micro reformas estruturantes, marcos regulatórios como o de saneamento e todas as matérias da pandemia. Aí vem a eleição de 2022 e [eu sou] a primeira autoridade constituída naquele momento a reconhecer o resultado das urnas, a vitória do Lula e a precificação do resultado da democracia. Era a minha nona eleição consecutiva. Não seria eu que iria contestar urna eletrônica nem o resultado da eleição. Foi uma iniciativa que eles [PT] hoje até comentam como uma coisa que deu uma acalmada e uma esfriada na turma que poderia estar com outra visão de mundo.”

– O senhor avalia que o governo conseguirá superar essas crises recentes do Pix e da inflação dos alimentos com a mudança na comunicação?Esse governo está com fama de taxador, de arrecadador. Uma sanha arrecadatória, sem limite de despesa. Então, qualquer movimento que o cara faça em áreas muito sensíveis, dá bronca. O governo não aguentou um tapa do Nikolas [Ferreira, deputado do PL de Minas, que gravou vídeo sobre o assunto e pautou o debate].”

– Há ambiente para mais alguma proposta para aumentar a arrecadação?É difícil. Não é impossível. Nunca faltou esforço das duas Casas para ajudar, mas é preciso um convencimento de que ela é meritória.”

– O senhor avalia que essas mudanças no primeiro escalão precisam estar associadas a um eventual apoio em 2026?Eu acho que o governo só tem que fazer a reforma, só tem que dar o ministério, se é a forma que o governo acredita em fazer base, para quem for apoiar em 2026 mesmo. Não faz lógica. Agora, para um partido entrar no navio, ele tem que sentir confiança na empresa, sentir confiança no timoneiro, saber que o navio não vai afundar e que vai chegar em algum lugar. Você pega um navio que vai afundar? Você pega um avião que não tem manutenção? Tem que ver como é que faz para recuperar a credibilidade da economia. Tem que ver essa questão de relacionamento com os Poderes e com o Congresso Nacional.” As informações são do jornal Valor Econômico.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Postura do presidente nacional do PSD anima bolsonaristas
Nenhum ministro gosta do Rui Costa, ministro da Casa Civil, diz o presidente do partido Progressistas, Ciro Nogueira, sobre problemas no governo Lula
https://www.osul.com.br/ninguem-embarca-em-um-navio-se-sabe-que-vai-naufragar-diz-o-atual-presidente-da-camara-dos-deputados-sobre-apoio-eleitoral-a-lula/ “Ninguém embarca em um navio se sabe que vai naufragar”, diz o atual presidente da Câmara dos Deputados sobre apoio eleitoral a Lula 2025-01-31
Deixe seu comentário
Pode te interessar