Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2025
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, terá lugares de destaque na gestão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na negociação por apoio aos então candidatos, o partido conseguiu levar duas vice-presidências e pode dificultar a vida do governo Lula pelos próximos dois anos.
O que aconteceu
Bolsonarismo terá poder ampliado. Altineu Cortes (PL-RJ), será o vice-presidente da Câmara e também do Congresso Nacional. No Senado, Eduardo Gomes ocupará a cadeira de vice-presidente da Casa. Na prática, os cargos permitem que eles incluam projetos na pauta na ausência de Alcolumbre e Motta.
PL se adiantou para não ficar de lado. O temor de ficar escanteado na gestão do novo presidente do Senado fez o PL negociar previamente espaços importantes para que o partido tenha protagonismo e mais poder sobre as pautas que interessam à sigla.
Partido foi desprezado durante a presidência de Pacheco. Em 2023, o partido de Bolsonaro resolveu não apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e lançou Rogério Marinho (PL-RN) para a disputa. O movimento deixou o partido no ostracismo por dois anos, sem comissões nem espaços na Mesa Diretora. Neste ano legislativo, a sigla mudou de estratégia de olho em mais destaque.
PL e PT vão ocupar a 1ª e 2º vice-presidência com os senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Humberto Costa (PT-PE). Mesa diretora também terá Daniella Ribeiro (PSD-PB), Confúcio Moura (MDB-RO), Ana Paula Lobato (PDT-MA) e Laércio Oliveira (PP-SE) nas Secretarias.
Bolsonaristas ganharam comissões para palanque. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve assumir a Comissão de Segurança Pública. Já Damares Alves (Republicanos-DF) é cotada para comandar a Comissão dos Direitos Humanos. A parlamentar foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de 2019 a 2022, no governo Bolsonaro.
Bancada do PL na Câmara é maioria. São 92 deputados que podem ajudar a pressionar por pautas que são importantes para a direita, como a anistia aos presos em 8 de janeiro e medidas que limitam os mandatos dos ministros do STF.
Centrão domina Mesa-Diretora da Câmara. Elmar Nascimento (União Brasil-BA) levou a segunda vice-presidência como prêmio de consolação. Carlos Veras (PT-PE) vai assumir a primeira-secretária, que é como a prefeitura da Casa e cuida de assuntos administrativos. Já Lula da Fonte (PP-PE) ficou com a segunda-secretária, Delegada Katarina (PSD-SE) na terceira-secretária e Sérgio Souza (MDB-PR), quarta-secretária.
PL e partidos menores ficaram com suplências. Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), Paulo Foletto (PSB-ES), Vitor Linhalis (Podemos-ES) e Paulo Barbosa (PSDB-SP). As informações são do portal UOL.