Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2025
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) define os próximos dois anos como “de oposição ainda mais forte ao governo Lula”, isso porque a oposição terá “mais instrumentos, mais armas para defender as bandeiras” da direita, já que terá espaço em postos chave da Câmara e do Senado por ter apoiado a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) e David Alcolumbre (União-AP) para a presidência das respectivas Casas.
O PL terá a 1º vice-presidência tanto no Senado quanto na Câmara. Eles substituem o presidente em situações de ausência ou impedimento. Além disso, tem a função de elaborar pareceres sobre requerimentos de informações e projetos de resolução.
No Senado, o posto deve ser ocupado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO) e na Câmara pelo deputado Altineu Côrtes (PL-RJ).
Além disso, algumas das principais comissões ficarão com o partido. Flávio Bolsonaro deve assumir a presidência da Comissão de Segurança Pública e Damares Alves a de Direitos Humanos, por exemplo.
“O Davi Alcolumbre, nós temos uma proximidade, uma relação de confiança, inclusive pela época que ele foi presidente do Senado durante o governo Bolsonaro, que foi muito importante para nós na aprovação de pautas”, afirmou ao blog nos corredores do Congresso pouco antes do candidato favorito vencer a disputa por 73 dos 81 votos entre os senadores, em um arco de alianças que vai do PT ao PL.
Na última eleição para o Senado, o PL decidiu lançar candidatura própria, com o senador Rogério Marinho, ao invés de apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco, que acabou eleito. Por isso, o partido não ocupou as principais cadeiras.
“Ficamos dois anos nesse isolamento, sem a possibilidade de presidir comissões importantes, com muita dificuldade de conseguir relatorias de projetos importantes”, disse Flávio.
Agora, ele afirma que é um novo momento. “Acredito que ele (Alcolumbre), sim, possa nos respeitar como oposição, ocupando esse espaço, e que ele vai garantir o cumprimento desses acordos”, disse.
O líder do PL no Senado, senador Carlos Portinho falou em discurso no Plenário em “construir com divergências” e que a oposição precisa articular e agregar com o governo e a esquerda porque “ninguém vai pra lua sozinho” em uma indireta para o senador Marcos Pontes (PL-SP), que decidiu se candidatar à presidência da Casa mesmo sem apoio do partido.
Flavio Bolsonaro diz que o senador errou, mas que, passada a eleição, “nós vamos trazer o Marcos Pontes de volta, para baixar a poeira”, afirmou. As informações são do portal G1.