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Mundo Dólar fecha em queda pela 11ª sessão consecutiva, a maior sequência de baixas em 20 anos

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Dólar encerrou em queda de 0,38%, a R$ 5,81, no menor patamar desde 26 de novembro. (Foto: Freepik)

Ao contrário do que esperava o mercado e no que se viu durante a manhã dessa segunda-feira (3), o dólar encerrou em queda de 0,38%, a R$ 5,81, no menor patamar desde 26 de novembro. Este foi o 11º dia seguido de queda do dólar, a maior sequência de perdas desde 2005. No início do dia, a moeda chegou a subir mais de 1% e a valer R$ 5,9048 na cotação máxima de hoje, mas passou a cair durante a tarde pelo mesmo motivo que vem afetando o câmbio há semanas: Donald Trump e suas tarifas.

No fim de semana, o republicano anunciou sobretaxações de 25% às importações vindas do Canadá e do México, além de 10% à China. Este fator levou a uma disparada do dólar frente à ampla maioria das moedas mais negociadas ao redor do mundo, inclusive o real. A expectativa é que essas tarifas que Trump ameaça impor desde sua campanha eleitoral possam levar a uma escalada na inflação americana. Isso porque o aumento do custo dos bens importados (especialmente os industriais) é geralmente repassado para os preços do produto final, ou seja, aquele que chega ao consumidor.

Diante da possibilidade de inflação mais alta — e consequentemente juro elevado — nos EUA, investidores fugiram de ativos de risco, como as moedas emergentes (o que inclui o real) e correram para o dólar (divisa de referência global e, portanto, mais segura do ponto de vista dos investimentos).

Entretanto, o mundo testemunhou uma reviravolta no fim da manhã: presidente americano recuou e adiou o início das tarifas ao México em um mês, levando o dólar a diminuir sua força ao redor do mundo, em especial, frente ao real e aos pesos mexicano e colombiano.

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, parte dos investidores deve começar a repensar a credibilidade dos anúncios do presidente americano, ainda que não imediatamente. Entretanto, ele faz uma ressalva:

— Mas o risco de se apostar contra a máquina econômica norte-americana é que o prejuízo pode ser grande caso as ameaças sejam efetivadas.

Na visão de Gustavo Okuyama, gestor da Porto Asset, a percepção que fica é de que, embora as tarifas devam ser implementadas pelo governo de Trump, não serão feitas de maneira “tempestiva e indiscriminada” como se era projetado.

— As tarifas deverão vir, mas de forma gradativa e com forte negociação baseada em ameaças, que podem ou não serem efetivadas — afirma o especialista.

Instabilidade à la Trump

Alexandre Viotto, gerente de câmbio da EQI Investimentos, projeta que os próximos quatro anos — com os EUA sob comando de Trump — devem ser “muito mais voláteis” do que o visto no mandato de Joe Biden — com exceção do período da pandemia.

— Porque o Trump é muito imprevisível — explica.

Além do câmbio, o anúncio das tarifas também afetou outros mercados: as Bolsas americanas e europeias recuaram, assim como as da Ásia.

Nos mercados emergentes, um dos principais índices da Bolsa mexicana apresentou forte queda. Por aqui, o Ibovespa recuou 0,13%, a 125.970 pontos.

Apesar de o recuo de Trump ter arrefecido as baixas nos mercados mundiais, não foi o suficiente para invertê-las. Viotto aponta que, com Trump no poder, as mudanças bruscas de cenário podem se tornar cada vez mais frequentes e afetar as projeções de investidores, bancos e empresas.

Segundo ele, há investidores que já estão se protegendo dos possíveis próximos passos de Donald Trump, que envolvem possivelmente impor tarifas à União Europeia. O bloco já enfrenta problemas com a estagnação de suas principais economias e a sobretaxação do americano pode trazer mais desafios aos países.

Diante desse cenário, alguns operadores estão criando posições de hedge — isto é, uma estratégia de investimentos que visa assegurar preços de determinados ativos para operações futuras — em euro, de acordo com Viotto. As informações são do portal O Globo.

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https://www.osul.com.br/dolar-termina-em-menor-patamar-desde-novembro-apos-mexico-anunciar-recuo-de-trump-em-tarifas/ Dólar fecha em queda pela 11ª sessão consecutiva, a maior sequência de baixas em 20 anos 2025-02-03
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