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Agora, após sua posse, sua orquestra volta com tudo executando músicas que estimulam ouvidos conservadores.

Foto: Reprodução

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Todos nós em algum momento de nossas vidas já pensamos: vou desistir, larguei de mão ou não acredito? Tudo como era antes?

Nos últimos dois meses confesso que esse tipo de reflexão emergiu na minha mente fruto da avalanche reacionária, de amplo espectro, que inundou as redes sociais nos últimos tempos e foi coroada com a eleição de Trump.

É Inacreditável que em pleno século XXI um sujeito que praticou atentados avassaladores nos campos do preconceito, exclusão e segregação volte ao palco como maestro de uma orquestra insana para executar uma partitura tão primitiva.

No seu primeiro governo sua política externa ficou conhecida como “América Primeiro” por sempre priorizar os Estados Unidos em todas as negociações, logo sua política externa foi repleta de decisões unilaterais.

Agora, após sua posse, sua orquestra volta com tudo executando músicas que estimulam ouvidos conservadores. De pronto, Trump disse que só existem dois gêneros (masculino e feminino), cancelou programas que promoviam diversidade e inclusão, além de garantir liberdade de expressão sem limites nas redes sociais.

Essas ações refletem uma agenda que muitos consideram uma ameaça aos direitos humanos e um retrocesso nas conquistas sociais relacionadas à igualdade e à justiça racial nos Estados Unidos.

Só isso já seria suficiente para emergir, na mente de defensores da igualdade e contra a segregação, a ideia de desistir. De dizer que uma parte significativa da civilização retrocedeu. Não tem volta. Mas, com já disse um dos meus gurus, Martin Luther King: “Devemos aceitar a decepção finita, mas nunca perder a esperança infinita”

Foi isso que aconteceu comigo ao ler a entrevista do Bill Gates nesse final de semana. Ele é um gigantesco porto para atracarmos e abastecemos nossa esperança. De longa data tiro o chapéu para esse genial empreendedor por vários motivos. Entre eles:

É um defensor da ideia de que os ricos devem contribuir mais para a sociedade. Acredita que os mais ricos devem se envolver em filantropia e pagar mais impostos.

Em 2000 criou, com sua ex-esposa, a Fundação Bill e Melinda Gates, que realizam trabalhos exitosos nas áreas da saúde, educação e combate à pobreza extrema. Entre outros. É claro que Gates, como todo líder, é alvo de várias críticas, o que também devemos analisar.

No universo da representatividade sindical dos trabalhadores sublinho que a sua maior empresa se comprometeu manter a neutralidade na atuação dos sindicatos incentivarem os trabalhadores a se sindicalizarem. Uma exceção. Nos Estados Unidos, é usual as grandes empresas retalharem abertamente os movimentos de sindicalização. Mais ainda. Fez um acordo inédito para construírem em conjunto trabalhos para que IA e diferentes categorias possam caminhar lado a lado em busca do aumento da produtividade e qualidade de vida para trabalhadores.

Voltando ao tema Trump. Desde o primeiro governo, Gates tem uma visão crítica sobre a maneira como o dito maestro executa suas “partituras “. Em março de 2020 se posicionou, depois que o então presidente defendeu o fim das restrições necessárias durante a epidemia do corona vírus. Disse: “O efeito econômico disso é realmente dramático. Nada parecido aconteceu com a economia em nossas vidas, mas trazê-la de volta é mais fácil do que trazer as pessoas de volta à vida”.

Terminando de ler a entrevista, renovei minha crença na esperança inspirado pelas palavras do maior ativista contra o racismo nos Estados Unidos e é claro ler sua autobiografia Código-fonte: como tudo começou.

Ainda bem que temos Bill Gates e muitos empreendedores no Brasil, e aqui no Rio Grande do Sul, que professam e praticam esses mesmos valores. Ainda bem!  Precisamos de muitos mais.

(Gelson Santana Presidente do STICC e Secretário Nacional do Setor da Construção UGT)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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