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Economia México, Canadá, União Europeia e China: entenda por que “tarifaço” de Trump não chegou ao Brasil

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A quantidade de produtos importados do Brasil pelos EUA é bem pequena em comparação com outros parceiros comerciais dos norte-americanos.

Foto: Reprodução
A quantidade de produtos importados do Brasil pelos EUA é bem pequena em comparação com outros parceiros comerciais dos norte-americanos. (Foto: Reprodução)

A guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra alguns de seus maiores parceiros comerciais nas últimas semanas, deixa dúvidas sobre qual será o próximo país a ficar na mira.

A imposição de taxas contra importados já fazia parte do discurso de Trump desde a sua campanha. Na última semana, ele cumpriu a ameaça de impor tarifas aos três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Ele anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México e um adicional de 10% àquelas já em vigor sobre produtos chineses. Do total de US$ 3,2 trilhões importados em 2024, esses três países representam mais de 40% das compras dos EUA.

E Trump já sinalizou que seu próximo alvo será a União Europeia (UE), de onde importaram mais US$ 605 bilhões no mesmo período.

Nos últimos dois dias, México e Canadá anunciaram acordos com os EUA para suspender as tarifas por um mês. A China, por sua vez, dobrou a aposta e anunciou taxas de 10% a 15% contra os norte-americanos, enquanto representantes da UE chamaram Trump para conversas.

No Brasil, os setores exportadores do país se preocupam com medidas tarifárias, afinal os norte-americanos são o segundo maior comprador de produtos brasileiros, com mais de US$ 42 bilhões em 2024.

O P, no entanto, representa pouco mais que 1% das importações dos EUA. O que significa que, ainda que Trump tenha dito que o Brasil “cobra muito” de seus parceiros comerciais, estamos longe de ser prioridade do comércio exterior norte-americano.

Mesmo assim, especialistas afirmam que o Brasil ainda corre riscos de ser afetado por essas tarifas.

Riscos

A imposição de tarifas é uma ameaça antiga do republicano para favorecer os EUA e, para especialistas, o Brasil ainda corre alguns riscos de sofrer com taxas maiores.

Há temores, por exemplo, de que uma tarifa universal seja implementada. A ideia foi ventilada no final de janeiro pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, segundo o jornal britânico “Financial Times”.

A ideia é que essa taxa começasse em 2,5% e crescesse gradativamente ao longo dos próximos meses, dando tempo para que a indústria se adaptasse e os países pudessem negociar com o governo Trump.

“Essa tarifa universal afetaria o mundo inteiro. E isso ainda poderia trazer um efeito na inflação e nos juros dos EUA, trazendo um fortalecimento do dólar”, explica Welber Barral, ex-secretário do comércio exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados.

Além disso, especialistas apontam o risco de o presidente norte-americano fazer ameaças mais pontuais para conseguir objetivos específicos.

Importações

Os especialistas reforçam, no entanto, que o Brasil não tende a estar na lista de prioridades de Trump na imposição de um “tarifaço”. A quantidade de produtos importados do Brasil pelos EUA é bem pequena em comparação com outros parceiros comerciais da maior economia do mundo.

Os últimos dados do Departamento de Comércio norte-americano indicam que o volume de importações do Brasil pelos EUA somou US$ 38,5 bilhões (aproximadamente R$ 225,9 bilhões) no ano passado até novembro. Esse valor representa apenas 1,3% do total de importações do país.

(AG)

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