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Mundo Após críticas e condenações, governo dos Estados Unidos diz que não vai mandar tropas à Gaza

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O presidente Donald Trump havia afirmado que os Estados Unidos assumirão o controle e serão donos da Faixa de Gaza. (Foto: Reprodução)

O presidente Donald Trump não se comprometeu a enviar tropas americanas para a Faixa de Gaza como parte de sua proposta de tomada do enclave palestino pelos Estados Unidos, afirmou a Casa Branca nessa quarta-feira (5).

A porta-voz da Presidência também voltou atrás na proposta de deslocar permanentemente os palestinos do território — ela mencionou agora uma “realocação temporária”.

Em coletiva de imprensa, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse a repórteres que o presidente acredita que os EUA precisam se envolver na reconstrução de Gaza “para garantir a estabilidade na região”, mas que “não vão pagar” por ela.

“Isso não significa que haverá tropas em Gaza”, afirmou.

Leavitt ainda negou que a proposta de Trump de tirar os palestinos de Gaza seja permanente. Segundo ela, o presidente americano está “comprometido com a realocação temporária dos que estão lá”.

Mais cedo, quando questionado pela imprensa no Salão Oval sobre as reações negativas às suas declarações sobre o território palestino, Trump negou que seu plano tenha sido mal recebido: “Todo mundo adora.”

O anúncio de Trump

O presidente Donald Trump disse na terça-feira (4) que os Estados Unidos assumirão o controle e serão donos da Faixa de Gaza, acrescentando que “as mesmas pessoas” (palestinos) não deveriam estar encarregadas de reconstruir e ocupar a terra. Ele afirmou que vê os EUA mantendo uma “posição de posse de longo prazo” no território.

“Em vez de [os palestinos] terem que voltar e reconstruí-la, os EUA vão assumir a Faixa de Gaza, e vamos algo com ela. Vamos tomar conta”, disse Trump, afirmando que seu país poderia liderar o processo de reconstrução.

“Ter aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnífico”, ele disse.

“Eu imagino pessoas de todo mundo vivendo lá. Pessoas do mundo. Eu acho que você vai fazer disso um lugar internacional, inacreditável”, afirmou Trump, sobre Gaza. “Temos uma oportunidade de fazer algo que pode ser fenomenal. E eu não quero soar um cara espertalhão, mas [seria] a Riviera do Oriente Médio. Isso pode ser algo que pode ser muito bom.”

Trump deu a declaração na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o primeiro líder estrangeiro a ser recebido durante o segundo mandato do Republicano.

Netanyahu não comentou diretamente o plano de Trump para Gaza. Ele afirmou que os objetivos de Israel no território palestino incluem a libertação dos reféns e fazer com que não haja mais ameaças à integridade do país vindas do local.

A repórteres, Trump afirmou que tem planos de visitar Gaza, Israel e também a Arábia Saudita. Ele não deu nenhuma data para a viagem acontecer.

Mais cedo nesta terça, Trump afirmou que a única alternativa dos palestinos que vivem na Faixa de Gaza seria deixar o território — uma ideia apoiada pela extrema direita israelense, e que constituiria limpeza étnica perante o direito internacional, segundo analistas.

Trump afirmou que gostaria que a Jordânia e o Egito recebesse os palestinos deslocados do território, cuja infra-estrutura foi seriamente destruída após 15 meses de guerra entre Israel e Hamas — grupo terrorista que controla a região.

“É um local em escombros. Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir alguns lugares realmente bons com bastante dinheiro na região [para os palestinos], aí sim. Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza”, disse ele a repórteres no Salão Oval.

Tanto a Jordânia quanto o Egito já demonstraram repúdio pela ideia, defendendo que os palestinos tenham o direito de permanecer em suas terras.

Trump não ofereceu detalhes específicos sobre como um processo de reassentamento de palestinos poderia ser implementado.

Pouco depois das declarações, a Arábia Saudita publicou um comunicado afirmando que não vai estabelecer laços com Israel até que um Estado Palestino seja criado. O país também rejeitou a proposta de Trump de retirar palestinos de Gaza. As informações são do portal de notícias G1.

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