Domingo, 09 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2025
Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) mostram que dois em cada dez acidentes aéreos no Brasil apresentaram falha ou mau funcionamento do motor das aeronaves.
Desde 2015, início da série histórica de dados do Cenipa, foram registrados 1.580 acidentes aéreos no país. Desses, 355 estão ligados a falhas ou mau funcionamento no motor da aeronave, de forma isolada ou em conjunto com outros fatores.
Esses números não incluem o acidente ocorrido na manhã da última sexta-feira (7), em uma avenida da cidade de São Paulo. Ainda não se sabe o que causou o acidente.
O avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, na Zona Oeste da cidade. Durante a tentativa de pouso, a aeronave atingiu um ônibus, provocando uma explosão.
Duas pessoas que estavam no avião morreram. Outras sete ficaram feridas e foram socorridas em solo. O Cenipa investiga as causas da queda.
Além de falhas no motor, as outras principais causas de acidentes aéreos no Brasil são:
1,4 mil acidentes com aviões de pequeno porte
Um levantamento realizado pelo Departamento de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), também com base nos dados do Cenipa, mostra que houve 1.471 acidentes aéreos em operações realizadas por aeronaves de pequeno porte nos últimos 10 anos. Desses, 681 tiveram vítimas fatais.
Foram considerados os seguintes tipos de operação: agrícola, especializada, experimental, de instrução, privada e de táxi aéreo.
Para o SNA, os dados indicam a necessidade de uma manutenção preventiva mais rigorosa, de uma maior capacitação de pilotos e de melhorias das práticas operacionais para reduzir os riscos na aviação geral.
Fiscalizar a manutenção de aeronaves de pequeno porte é responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) deve ser obrigatoriamente realizada. Seu objetivo é atestar as condições de voo das aeronaves, seus componentes e equipamentos.
“A aviação particular, agrícola e táxi aéreo, por serem menores em sua natureza e menos regulados em função do tipo de operação, são os que possuem menos barreiras de defesa para a prevenção de acidentes e incidentes”, afirma o diretor jurídico do sindicato, Diego Barrionuevo. As informações são do portal G1.