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Política MDB se move para ter vice de Lula em 2026 e acirra tensão com o PSB

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Sinalização por parte do ministro dos Transportes acirrou a tensão do MDB com o PSB de Geraldo Alckmin, que atualmente ocupa o cargo. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A recente sinalização por parte do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), de que poderia vir a pleitear a vaga de vice em uma chapa de Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição acirrou uma tensão do MDB com o PSB de Geraldo Alckmin, que atualmente ocupa o cargo. Na quarta-feira, o presidente afirmou que não pode definir agora a chapa para 2026 e que não há um prazo para que isso ocorra. Se, por um lado, isso pode esfriar a disputa, por outro sinaliza que Alckmin não tem necessariamente um lugar cativo.

No MDB, lideranças partidárias têm dito reservadamente que, dado que diretórios importantes do partido no Sul e no Sudeste tendem a se opor a uma nova aliança com Lula, o presidente só garantiria um apoio partidário se o lugar de vice ficasse com um emedebista.

O MDB paulista, o gaúcho e o goiano são hoje os mais resistentes a uma aliança nacional com o PT em 2026. Do outro lado, defendem o apoio a Lula os diretórios da região Nordeste, em especial o de Alagoas (dos Calheiros); e os do Pará (dos Barbalho) e Amazonas (de Eduardo Braga).

Outros cotados

Além do ministro dos Transportes, são citados como possíveis nomes para a vice o governador do Pará, Helder Barbalho, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Os dois, no entanto, também podem disputar vagas ao Senado. Aliados próximos à ministra do Planejamento afirmam que ela não se vê como favorita ao cargo. Dizem, porém, que uma eventual candidatura de Michelle Bolsonaro à presidência ou à vice poderia fortalecer o nome de Tebet para uma chapa lulista.

Ainda na quarta-feira, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que deixará o cargo neste ano e apoia o prefeito de Recife, João Campos, como sucessor, disse em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” que “a experiência com o MDB inclusive não é das melhores na história” e que achava um erro uma troca de vice. O MDB respondeu com uma nota oficial elevando o tom da disputa. O texto diz que o partido “fez compromisso colaborativo-propositivo com o país” e que “não é biruta de aeroporto”.

“Ao longo de 2016, o PSB mudou de posição e, na última hora, votou a favor do impeachment da Dilma. Até meados de 2018 e 2020, lideranças do PSB agrediam Lula e diziam que ele queria ‘voltar a cena do crime’ para, em 2022, mudar de novo e virar companheiro de chapa ao Planalto”, afirma o texto.

Um aliado do presidente do MDB, Baleia Rossi diz que a nota não tem como objetivo defender uma mudança de vice, mas sim defender o partido de crescentes críticas do PSB.

Ao jornal O Globo, Siqueira diz que não que “alimentar essa polêmica” com o MDB.

“Mas temos o direito e o dever de defender a recondução do vice-presidente Geraldo Alckmin, caso o presidente Lula seja candidato à reeleição. Isto é unânime no PSB”, afirmou.

Siqueira diz que tem “muito respeito” pelo MDB e destacou que os partidos tiveram alianças importantes na eleição municipal de 2024.

“Houve uma reação totalmente desproporcional a um simples comentário. Achei engraçada a reclamação sobre o apoio do PSB ao impeachment, porque o MDB estava claramente na articulação desse movimento e foi o partido diretamente beneficiado”, disse Siqueira.

O líder do PSB na Câmara, Pedro Campos (PE), irmão do prefeito de Recife, diz que “é bom saber que outros partidos e políticos começaram a se interessar por fazer parte da chapa”.

“Esse debate será feito ano que vem, mas de antemão entendemos que o melhor para Lula é seguir com Alckmin na vice”, disse.

Em reunião ministerial no último dia 21, Lula afirmou que não definiu ainda se vai concorrer à reeleição em 2026, que chegar bem até lá dependia de Deus e que gostaria de ter saúde para fazer o sucessor.

Todos são unânimes em dizer que a saúde do presidente, que tem 79 anos, está em dia e que ele tem adotado uma rotina rigorosa de cuidados pessoais, auxiliado pela primeira-dama Janja. Mas quem convive com Lula no dia a dia do governo reconhece que ele tem se tornado um político menos disponível e, por vezes, mais impaciente em reuniões. As informações são do jornal O Globo.

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