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Política A atuação da cúpula militar para evitar a saída do ministro da Defesa

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No fim de 2024, Múcio confidenciou a aliados ter passado por um dos momentos mais difíceis à frente do Ministério da Defesa.(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foram os únicos que levaram José Múcio Monteiro a ceder e aceitar permanecer no Ministério da Defesa. Múcio também foi alvo de intensas investidas dos comandantes das Forças Armadas e de ex-chefes da pasta.

Um dos argumentos centrais levados pela cúpula militar a Múcio foi o de que a pacificação entre a caserna e o governo Lula ficaria comprometida com sua saída e que seu sucessor enfrentaria uma crise de credibilidade, tendo que recomeçar toda relação construída nos últimos dois anos.

Desde dezembro, quando o ministro fez um pedido a Lula para deixar a Defesa, os comandantes das Forças acompanhavam com apreensão o desenrolar dos fatos. Em paralelo ao presidente, a cúpula militar aumentou os apelos para que Múcio permanecesse na pasta, deixando evidente que não enxergavam um nome capaz de sucedê-lo sem deixar “cicatrizes”.

Militares de alta patente apontavam que o sucessor de Múcio deveria ter interlocução com as Forças, trânsito com o Congresso e a confiança de Lula. Já o ministro dizia que seu substituto precisava ter paciência, disposição para o diálogo e que não poderia ter um projeto político, pois isso prejudicaria a delicada missão de intermediar o contato entre os militares e o governo.

Nomes aventados para o posto, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), não eram vistos na caserna como opções que conseguiriam pacificar as relações.

No fim de 2024, Múcio confidenciou a aliados ter passado por um dos momentos mais difíceis à frente do Ministério da Defesa. Ele apontou como motivos centrais da crise a inclusão das Forças Armadas no pacote de corte de gastos, o indiciamento de militares no inquérito do golpe e a prisão de Walter Braga Neto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na sua chapa.

Em meio a esse cenário, ainda houve a publicação de um vídeo da Marinha questionando “privilégios”, com mensagem indireta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devido ao pacote fiscal. A gravação foi apagada, mas a crise seguiu até o mês passado e só terminou após Lula se reunir com o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen.

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