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Economia Dólar fecha a R$ 5,76 e renova menor patamar desde novembro

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Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7511. Já na máxima, foi a R$ 5,7877.

Foto: Reprodução
A divulgação de números mais fortes que o esperado sobre a atividade econômica chinesa também agradaram o mercado. (Foto: Reprodução)

O dólar emplacou o terceiro dia consecutivo de queda nesta quarta-feira (12) e fechou em R$ 5,7625, renovando o menor patamar desde novembro. A queda da moeda norte-americana veio mesmo após o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informar uma inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) maior do que o esperado pelo mercado no país.

Para analistas, o movimento pode refletir tanto o patamar ainda alto do dólar quanto as falas recentes do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Gabriel Galípolo.

Durante um seminário sobre política monetária promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG), Galípolo falou sobre as incertezas acerca do mandato do presidente norte-americano, Donald Trump, e indicou um Banco Central mais duro (hawkish, nos termos de mercado) em relação à Selic.

Nesse sentido, as constantes ameaças tarifárias de Trump também seguem no radar. Isso porque, diante do aumento das tarifas sobre produtos importados, a estimativa é que os produtos norte-americanos fiquem mais caros e acabem pressionando a inflação, impossibilitando que o Fed continue o ciclo de redução das taxas básicas de juros.

Com isso, falas do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, também ficaram sob os holofotes nesta quarta. No Brasil, o destaque ficou com dados do setor de serviços.

Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.

Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que esta é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Diante de todo esse cenário, falas recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, também ficaram no radar. O banqueiro central afirmou que a tarefa do BC norte-americano de levar a inflação à meta ainda está inacabada, mas reforçou a necessidade de cautela na análise de dados.

“Estamos perto, mas não chegamos lá em relação à inflação. […] Fizemos um grande progresso, mas ainda não chegamos lá”, afirmou Powell durante audiência ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, destacando que a instituição não tem pressa na condução dos juros.

No cenário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços prestados no País teve uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, no segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano. No acumulado do ano, porém, o setor teve alta de 3,1%.

Ao final da sessão, o dólar recuou 0,08%, cotado a R$ 5,7625, renovando o menor patamar desde novembro. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7511. Já na máxima, foi a R$ 5,7877. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,31%, cotada a R$ 5,7672.

 

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https://www.osul.com.br/dolar-fecha-a-r-576-e-renova-menor-patamar-desde-novembro/ Dólar fecha a R$ 5,76 e renova menor patamar desde novembro 2025-02-12
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