Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2025
Lula criticou ainda quem cria obstáculos ao piso salarial para os professores.
Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilEm discurso sobre a necessidade de aumentar os investimentos em educação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou “economistas” que apontam entraves para a construção de “escolas e institutos federais”. O petista também disse que a classe média deveria voltar para a escola pública.
“Esse País só vai dar certo o dia que a classe média voltar para a escola pública. E só vai voltar para a escola pública, quando ela melhorar. Já foi assim: os grandes intelectuais brasileiros estudaram em escolas públicas. Marilena Chauí, Florestan Fernandes, Paulo Freire, são filhos de escola pública. De que tempo? No tempo que quem podia ir para a escola eram poucos. Aí você dá qualquer coisa de qualidade quando uma pequena minoria pode estudar. Mas, quando é todo mundo, é preciso um pouco mais de recursos, um pouco mais de dinheiro. E é isso que nós estamos fazendo”, afirmou.
A fala foi feita durante a cerimônia de entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização. Entre os presentes estavam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro da Educação, Camilo Santana.
Lula criticou ainda quem cria obstáculos ao piso salarial para os professores:
“Tem gente que acha que é muito dinheiro para o professor ganhar R$ 4.800”, disse.
Ele também afirmou que, enquanto for presidente, não faltará recursos para a educação.
“Falava para o (Fernando) Haddad (ex-ministro da Educação) e falo para o Camilo: toda vez que a gente quer fazer algo a mais, alguém diz “não tem dinheiro”. O que é normal. Isso vale num sindicato, associação de bairro, de futebol, o papel do tesoureiro é sempre dizer que não, e o papel do outro é sempre querer mais. Agora, o não do tesoureiro e a reivindicação do cara, eu posso decidir. E enquanto eu for presidente da República não vai faltar recurso para a gente recuperar a educação desse país. Porque é uma condição de vida e uma aposta que estamos fazendo no País”, salientou.
Durante sua fala, Lula também criticou ex-governantes, sem citar nomes, que defendiam, segundo ele, que o País tinha que ser governado para apenas 35% da população. E ironizou que, se ele governasse para uma parcela menor da população, não haveria déficit fiscal no país:
” Muitos governantes achavam isso natural (500 mil desistências por ano no ensino médio). Porque esse país tem gente que acha que esse país tinha que ser governado apenas para 35% da população. Apenas para 35% da população, a gente não tinha problema de Orçamento. A gente não teria problema de déficit fiscal, porque é governar para menos gente, e gente com mais dinheiro”, pontuou. As informações são do portal de notícias O Globo.