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Brasil Crime organizado no Brasil lucra mais com combustível do que com cocaína, diz estudo

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São 13 bilhões de litros comercializados ilegalmente todos os anos, com perdas fiscais de R$ 23 bilhões.

Foto: Reprodução
São 13 bilhões de litros comercializados ilegalmente todos os anos, com perdas fiscais de R$ 23 bilhões. (Foto: Reprodução)

O crime organizado no Brasil lucra mais com a venda ilegal e contrabando de combustíveis e bebidas do que com o tráfico de cocaína, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Os grupos criminosos acumularam uma receita acima de R$ 146 bilhões anuais a partir de 2022 com combustíveis, bebidas, cigarro e ouro. Já a droga gerou receita de R$ 15 bilhões.

Em primeiro lugar está o setor de combustíveis, com um total estimado pelo estudo do FBSP de R$ 61,5 bilhões, o que representa 41,8% da receita do crime organizado, segundo o relatório. São 13 bilhões de litros comercializados ilegalmente todos os anos, com perdas fiscais de R$ 23 bilhões.

De acordo com o FBSP, esse montante de 13 bilhões de litros daria para abastecer toda a frota de veículos do país por três semanas completas (mais de 500 milhões de carros, considerando um tanque médio de 50 litros), sem interrupção.

Entre os principais atos ilícitos envolvendo a economia do crime de combustíveis estão a adulteração (acrescentando solventes ou outras substâncias ao combustível para diminuir o custo e obter lucro), roubo de cargas e de dutos, bombas fraudadas, postos piratas, venda sem emissão de nota fiscal, fraudes em operações interestaduais, empresas de fachada e desvios em importações e exportações.

Segundo o relatório, o crime organizado se beneficia de falhas no controle e fiscalização do Estado. “Apesar de avanços, o setor carece de um sistema nacional integrado de rastreamento, dificultando o combate à ilegalidade”, diz o estudo.

“Práticas como adulteração, contrabando, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro são amplamente utilizadas por organizações criminosas, exigindo uma resposta integrada do Estado e do setor produtivo para enfrentar os amplos impactos econômicos, sociais e ambientais dessas atividades ilícitas.”

Dados do estudo

Comercialização ilegal anual de combustíveis é de 13 bilhões de litros, que rende R$ 61,5 bilhões ao crime organizado e traz perdas fiscais de R$ 23 bilhões;

Bebidas contrabandeadas e falsificadas representam 38,8% da receita. Apenas em 2022, o contrabando gerou R$ 72 bilhões em perdas tributárias;

Extração e produção ilegal de ouro representa 12,4% da receita, o equivalente a R$ 18,2 bilhões;
Mercado ilegal de tabaco representa 40% do consumo nacional, acumulando prejuízos fiscais de mais de R$ 94 bilhões nos últimos 11 anos.

O FBSP aponta que os criminosos buscam essas atividades ilícitas que envolvem alguns destes produtos, como sonegação fiscal, contrabando, descaminho e falsificação, porque estão sujeitas a penalizações mais brandas quando comparadas a crimes associados ao tráfico de drogas e armas. Isso pode ter influenciado a escolha estratégica de atividades ilícitas com menores riscos legais.

Ainda no contexto da economia ilegal que cresce velozmente, o estudo afirma que produtos como ouro de origem ilegal, combustíveis, tabaco e bebidas, entre muitos outros, surgem como alvos prioritários da ação de organizações criminosas, que exploram falhas no controle e fiscalização do Estado para multiplicar suas fontes de receita.

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