Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2025
O frágil cessar-fogo entrou em vigor no dia 19 de janeiro, após mais de 15 meses de combates desencadeados pelo ataque do movimento islamista
Foto: ReproduçãoO Hamas anunciou, nesta terça-feira (18), que entregará os corpos de quatro reféns mortos em cativeiro a Israel na quinta-feira e que libertará outros seis com vida no sábado (22), no âmbito da primeira fase da trégua.
O frágil cessar-fogo entrou em vigor no dia 19 de janeiro, após mais de 15 meses de combates desencadeados pelo ataque do movimento islamista ao sul de Israel no dia 7 de outubro de 2023, durante o qual 251 pessoas foram sequestradas.
As conversas em atraso sobre a continuação da trégua começarão “nesta semana”, declarou o ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar, acrescentando que seu país exige “a desmilitarização total de Gaza” após a guerra. O Hamas anunciou que devolverá os corpos de quatro reféns a Israel na quinta, antes de libertar outros seis reféns vivos no sábado, uma informação que foi confirmada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Em troca, Israel “libertará no sábado” um número de prisioneiros palestinos determinado no âmbito do acordo de trégua, declarou o chefe negociador do movimento islamista, Jalil al Haya. “O movimento e a resistência [um ou vários outros grupos armados] decidiram libertar no sábado, 22 de fevereiro, os últimos prisioneiros [israelenses] com vida”, cuja libertação estava prevista no âmbito da primeira fase do acordo, acrescentou.
No total, 33 reféns devem ser libertados na primeira etapa da trégua, em troca de 1.900 prisioneiros palestinos. Desde que começou o cessar-fogo, 19 reféns israelenses e 1.134 palestinos foram libertados.
Após se reunir no domingo com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Jerusalém, Netanyahu ameaçou abrir as “portas do inferno” na Faixa de Gaza caso todos os reféns não sejam libertados, ecoando uma expressão usada pelo presidente americano Donald Trump. Setenta pessoas continuam no cativeiro em Gaza após mais de 500 dias, das quais pelo menos 35 morreram, segundo o Exército israelense.