Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vem reforçando sua intenção de disputar as eleições de 2026, colocando-se como pré-candidato à Presidência da República. No entanto, sua situação jurídica atual impede que ele concorra, já que está inelegível por decisão da Justiça Eleitoral.
Apesar disso, Bolsonaro e seus aliados articulam nos bastidores para reverter essa condição e viabilizar sua candidatura.
Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão o tornou inelegível até 2030, barrando sua participação nas eleições de 2026.
A condenação decorre de dois episódios de 2022: uma reunião com embaixadores na qual ele atacou o sistema eleitoral brasileiro sem provas e o uso das comemorações oficiais do 7 de Setembro como palanque eleitoral.
Denúncia
Jair Bolsonaro (PL) liderou a trama golpista, sabia do plano para matar Lula (PT) e tinha até discurso pronto para quando houvesse a efetivação do golpe, concluiu o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, na denúncia apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (18).
O ex-presidente e outras 33 pessoas foram denunciados sob acusação de estimular e realizar atos contra os três Poderes e o Estado democrático de Direito. As denúncias serão analisadas pelo relator do caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes, e julgadas na Primeira Turma da corte.
Bolsonaro nega tanto a articulação por um golpe como o conhecimento do plano de assassinato de autoridades. A defesa dele afirmou que recebeu com “estarrecimento e indignação” a denúncia e que não há elementos na peça da PGR (Procuradoria-Geral da República) que o conecte à “narrativa construída” no documento.
Abaixo, entenda em sete pontos o papel que, segundo as conclusões de Gonet, o ex-presidente e o entorno dele tiveram na trama golpista.
A denúncia coloca o ex-presidente no centro da trama golpista, como líder da suposta organização criminosa que visava à permanência dele no poder.
Segundo a PGR, Bolsonaro concordou com o plano de ataque às instituições levado até ele. O documento teria o STF como alvo a ser “neutralizado” e cogitava o uso de “armas bélicas contra o ministro Alexandre de Moraes e a morte por envenenamento de Luiz Inácio Lula da Silva”.
Outros planos encontrados na posse dos denunciados se somaram a este, de acordo com a acusação. “Neles se buscava o controle total sobre os três Poderes; neles se dispunha sobre um gabinete central, que haveria de servir ao intuito de organizar a nova ordem que pretendiam implantar”, diz. Um dos planos terminava com a frase: “Lula não sobe a rampa”. As informações são dos portais Folha de São Paulo e G1.