Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa quinta-feira (20) que alta de preço dos alimentos se deu em função de problemas climáticos – como sol e chuva – e que terá reunião com empresários para pactuar o valor dos produtos no mercado interno.
“O preço vai baixar, eu tenho certeza que a gente vai conseguir fazer com que o preço volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador”, adiantou.
“Queremos discutir com empresários que queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro”, prosseguiu.
Lula admitiu que o preço do ovo está caro, contudo, afirmou que é necessário também debater o valor praticado dentro do Brasil comparativamente ao valor praticado no mercado externo.
“Eu sei que o ovo está caro. Quando me disseram que está R$ 40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo. Vamos ter que fazer reunião com atacadistas para discutir como é que a gente pode trazer isso para baixo. O fato de estar vendendo produto em dólar que está alto, não significa que você tem que colocar no preço do brasileiro o mesmo preço que você exporta”, frisou.
“Essa é uma discussão. Da mesma forma o óleo de soja, da mesma forma a carne. Carne começou a cair. Vai cair e pode ficar certo que o povo vai voltar a comer sua ‘picanhazinha’, costela, outro pedaço de carne que ele deseja”, concluiu.
A declaração foi dada durante entrevista à rádio do Rio de Janeiro. Na ocasião, Lula foi questionado sobre o alto preço da carne e do ovo.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou para o aumento expressivo no preço dos ovos de galinha repassado pelos fornecedores.
“Desde a segunda quinzena de janeiro, a combinação de alta demanda e oferta restrita tem levado a reajustes significativos. Nesta semana, a elevação já chega a 40% em diversas regiões do país”, informou a associação.
Em janeiro, a inflação oficial do país teve alta de 0,16%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com desaceleração. ️Os preços dos alimentos, entretanto, continuaram pressionados, com aumento de 0,96% na alimentação e bebidas.
E o ovo é um dos itens de preocupação. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que o valor continuará subindo por mais dois meses, até o fim da quaresma.
Segundo os produtores, a alta recente representa uma “situação sazonal”, comum ao período pré e durante a quaresma, que acontece em abril.
“Após longo período com preços em baixa, a comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”, afirmou a ABPA.
A entidade informou que os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho, que é usado como ração para as galinhas, e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens. As informações são do portal de notícias G1.