Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2025
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) negou nessa sexta-feira (21) qualquer envolvimento na articulação de um golpe de Estado em 2022. Citada na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como integrante de uma ala que defendia a ruptura institucional, Michelle classificou as declarações como “um momento de perturbação mental”.
A declaração vem três dias após a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciar 34 pessoas, entre elas o ex-presidente, por suposto plano golpista. “[As falas feitas durante a delação ocorreram em] Momento de perturbação mental. [Estou] Zero apreensiva; 100% confiante em Deus, porque meu marido está sofrendo uma perseguição. A verdade vai prevalecer”, afirmou a jornalistas, após evento do PL, em Brasília (DF).
Michelle também contestou as provas apresentadas pela PGR. Segundo ela, a denúncia não passa de uma “narrativa mentirosa”. “Não tem nenhuma prova [na denúncia], enfatizou.
A denúncia da PGR contra Bolsonaro atribui os seguintes crimes aos ex-presidente: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.
Evento do PL
Durante discurso no evento do PL, nesta sexta, Michelle Bolsonaro ainda alfinetou a estratégia de comunicação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não adianta contratar marqueteiro vendendo sonhos quando a realidade é outra”, afirmou.
Apesar de não fazer referência direta, a declaração ocorre em meio à recente nomeação do publicitário Sidônio Palmeira para a Secom (Secretaria de Comunicação Social). Palmeira substituiu o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) no comando da pasta, em uma tentativa do governo de melhorar a sua comunicação. Michelle também exaltou a capacidade da direita de se mobilizar nas redes sociais para fazer oposição ao governo