Sábado, 22 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2025
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro deve continuar atento a qualquer deslize de Lula.
Foto: Antonio Cruz/Agência BrasilO seminário de comunicação do PL reforçou na quinta-feira (20), a estratégia de desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a inflação. Os preços dos alimentos têm incomodado a população e contribuído para uma queda livre na popularidade do chefe do Palácio do Planalto.
O tom da ofensiva foi dado pelo deputado federal André Fernandes (CE). “Se não vai comer coisa nenhuma, é culpa do Lula! Está tudo caro, volta Bolsonaro”, declarou, a uma plateia de militantes, que repetiram o coro.
Declarações recentes de Lula sobre os preços dos alimentos causaram uma série de controvérsias, e o PL tenta capitalizar com vídeos contra o governo que viralizem nas redes sociais.
No último dia 6, o petista sugeriu que a população deixasse de comprar produtos que estivessem muito caros, o que gerou uma onda de críticas. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro deve continuar atento a qualquer deslize do presidente da República sobre o assunto para “colar de vez” na gestão petista a marca inflacionária, a pouco mais de um ano das eleições de 2026.
O desempenho eleitoral de André Fernandes, que discursou no palco do seminário, é um dos trunfos do PL. Com apenas 26 anos, ele disputou no ano passado o segundo turno da eleição em Fortaleza (CE) e foi derrotado por pouco pelo petista Evandro Leitão, que assumiu a prefeitura.
O evento do PL, marcado há semanas, ocorreu dois dias após Bolsonaro ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 com o objetivo de impedir a posse de Lula e se manter no poder.
Carlos Bolsonaro, filho de Bolsonaro, criticou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. Diante da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu pai e outras 33 pessoas, ele saiu em defesa do ex-presidente e de si mesmo nas redes sociais.
Em acordo de delação premiada, Cid afirmou que o vereador do Rio de Janeiro era o líder do gabinete do ódio, revelado pelo Estadão em 2019, que funcionava em uma “salinha pequenininha” que “não tinha nem janela” no mesmo andar do gabinete do ex-presidente.
“Cada segundo fica mais claro que o coronel das Forças Especiais, com ‘curso de bolinhas de gude e peteca’, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Em suas colocações assinadas, expõe falsas acusações sem provar nada a todo momento”, afirmou Carlos em postagem no X, antigo Twitter.