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Política Denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro mexe com o cenário eleitoral do ano que vem

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Lideranças políticas do campo de centro-direita aumentaram a pressão para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja candidato à Presidência. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentada na terça-feira (18), mexeu com o cenário eleitoral de 2026. Com a possibilidade de prisão do ex-presidente, lideranças políticas do campo de centro-direita aumentaram a pressão para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja candidato à Presidência.

Em pesquisas recentes, como as realizadas pela Quaest e AtlasIntel, Tarcísio tem se mostrado como o candidato mais competitivo desse campo político contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um cenário eleitoral sem Bolsonaro.

Tarcísio mantém o discurso público de que tentará a reeleição em São Paulo, mas começou a dar sinais, nos bastidores, de que poderia aceitar a candidatura presidencial, se tiver aval de Bolsonaro.

Aliados do governador têm a expectativa de reproduzir a aliança que o próprio Tarcísio montou para a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, em 2024, com uma frente ampla da centro-direita, com PL, MDB, Republicanos, PSD, PP e União Brasil, que garantiria o maior tempo de televisão e a maior fatia do fundo eleitoral. Essa articulação poderia ajudar partidos do Centrão e da direita a ampliarem o número de cadeiras na Câmara e no Senado.

Em São Paulo, integrantes do MDB, PSD e até do PL avaliam que uma candidatura presidencial de Tarcísio também poderia beneficiar seus partidos no Estado. Se o governador deixar o cargo, o PSD, com Felício Ramuth, assumirá e poderá lançar candidato no Estado ligado ao presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab. O PSD conquistou o maior número de prefeituras paulistas em 2024, com 206 prefeitos (32% do total).

Já o PL avalia a possibilidade de Ricardo Nunes disputar o governo paulista em 2026 e deixar a prefeitura paulistana para o bolsonarista Mello Araújo (PL), que poderia tentar a reeleição em 2028.

O governador tem feito gestos para mostrar-se fiel a Bolsonaro e evitar um desgaste com o bolsonarismo a mais de um ano e meio da disputa de 2026. Na quarta-feira (19), Tarcísio defendeu o ex-presidente das denúncias feitas pela PGR e disse que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito”. “Jair Bolsonaro é a principal liderança política do Brasil”, disse. “Estamos juntos, [ex]presidente”.

O prefeito da capital também defendeu Bolsonaro, mas reforçou que Tarcísio é liderança nacional.

O governador tem seguido à risca a estratégia de desconversar sobre a eventual candidatura presidencial, evitando repetir o erro cometido pelo ex-governador João Doria (ex-PSDB), que foi criticado por comandar São Paulo de olho no Planalto, enfrentou resistência dentro de seu grupo político e não se viabilizou para a Presidência.

Aliados de Tarcísio avaliam que se houver um “chamamento” de seu grupo para concorrer à Presidência, sobretudo em um cenário de dificuldade econômica e popularidade em baixa de Lula, o governador cumprirá a “missão”.

Bolsonaro está inelegível até 2030 e corre o risco de ser preso.

De olho no eleitorado bolsonarista, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) também tem feito gestos para tentar se viabilizar à Presidência. Marçal prestou solidariedade a Bolsonaro, disse que ele é a maior liderança da direita do país e criticou a denúncia da PGR. No entanto, provocou ao dizer que Bolsonaro “virou as costas” para ele na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024. “O fato de não ter me apoiado na eleição de 2024 não diminui sua relevância para a nação.” As informações são do jornal Valor Econômico.

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